A boa atuação, as jogadas de efeito no clássico, tudo isso vai ficar marcado na memória do volante Jair. Porém a melhor lembrança que ele vai levar do BA-Vi é o simples fato de permanecer em campo por 90 minutos. Foi uma vitória pessoal. Há quase dois anos não disputava uma partida inteirinha. Quando o juiz apitou o fim do jogo e eu vi que estava ali, inteiro, quase desabei em lágrimas. Para quem vem numa luta diária tão intensa, longa e difícil, representa muita coisa, disse.
Bala, como é carinhosamente tratado por todos no Fazendão, não esqueceu de compartilhar os momentos de glória. Isso não se deve só a mim. Mas aos meus preparadores físicos Lago e Luizinho, ao fisioterapeuta Ricardo Pedreira, que vivenciaram tudo de perto, sempre ao meu lado. Minha família e amigos também foram importantes. O nascimento da minha filha, que mudou o meu modo de ver a vida. Agradeço também a todos no Bahia. O clube bancou a minha recuperação, acreditou em mim. Me valorizou. Não posso esquecer da torcida, que sempre foi carinhosa comigo.
Jair foi considerado por muitos o melhor em campo no sábado. protagonizando ainda o lance mais bonito do jogo, quando deu um lençol no adversário e driblou outro marcador. Nos últimos dois anos, não atuou por causa de duas cirurgias consecutivas no joelho. O meia voltou aos gramados somente em maio. Antes do BA-Vi, tinha jogado apenas uma partida no Brasileirão – na estréia, contra o Vila Nova.
EMERSON
Outro grande destaque do confronto, o goleiro Emerson acha que a melhor coisa do clássico foi trazer o torcedor para o lado do Tricolor novamente. Na opinião do ídolo, o time pagou uma dívida com a Nação. Estávamos devendo um bom futebol, por isso eles estavam chateados com a equipe. Mas agora, depois da boa atuação no BA-Vi, apesar da vitória não ter vindo, acho que ganhamos a torcida.
Emerson credita as pazes com o torcedor, principalmente, à garra demonstrada pelos jogadores, apesar das condições adversas. Tivemos personalidade, jogamos com raça. Acho que honramos as tradições do clube. O torcedor reconheceu isso e vai voltar a nos prestigiar em peso a partir de agora.
Sobre o jogo, relatou as intervenções mais difíceis. A maior defesa foi no primeiro tempo, numa cabeçada que bateu nos meus dois pés, sobrou para o Claudiomiro e acabou saindo. Tive sorte. Depois teve uma bola no segundo tempo em que fiz uma defesa plástica e resolvi não segurar a bola porque ela estava molhada. Preferi espalmar.
Assessoria de Comunicação do Esporte Clube Bahia S/A (Adaptado)
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