O técnico Joel Santana deu longa entrevista coletiva no início da noite desta terça-feira, no Fazendão, em que se disse em um “momento de alegria, de felicidade, de alívio, que não encontrava palavras para definir” após a permanência do Bahia no Brasileirão, confirmada em Santos. Veja o que ele falou sobre cada assunto abordado, de olho no domingo, contra o Ceará:
Vai ficar para 2012?
“De todos os meus anos no futebol, que não foram poucos, esses três meses que nós passamos aqui são até complicados de explicar. Só nós que passamos sabemos o que aconteceu. Graças a Deus, conseguimos a nossa missão. Eu ainda não encontrei com o presidente, que estava no Rio, voltou hoje e estava cuidando de algumas situações com o professor Paulo Angioni. Desde já, convoco a nossa torcida, que nos deu tanta alegria, que vem dando tantas alegrias aonde nós passamos, aonde nós jogamos, por tudo aquilo que fizemos. Um agradecimento pessoal, particular, pela confiança e, acima de tudo, pela fé, dentro daquilo tudo que foi a nossa proposta. Eu acho que valeu o sacrifício”.
“E nós queremos mais. O Bahia não tem ficar só conversando sobre rebaixamento. Queremos voar mais alto e pretendemos domingo fazer um bom jogo para ver se a gente consegue passar para outra meta na competição. No decorrer da semana, vamos definir. Tem outras coisas envolvidas, o presidente vai colocar em pauta sua candidatura (para a eleição da próxima terça)”.
Qual seu desejo?
“Permanecer, senão nem conversaria. Tem algumas coisas em vista, que tenho que rever, porque eu não parei nesse período… Logo que cheguei, recebi duas propostas pra ir pra outro país, mas estou um pouquinho cansado, de viajar mesmo, porque tem hora na vida em que você tem que dar um basta, esperar. Eu falei que estava resolvendo uma situação para um povo, e para que não viessem encher minha cabeça com proposta, porque você sabe que mexe, mas eu tinha que resolver essa situação aqui primeiro”.
“Você veja, depois do jogo (na Vila Belmiro) eu me emocionei, cara. Eu tava realmente engasgado, e consegui recuperar. Ontem, perdi uma tia, que foi para o hospital no dia seguinte à minha saída do Cruzeiro. Parece que ela esperou a gente sair… E agora tá lá em cima. (…) Então, eu tô feliz, acho que o torcedor também, e nós também porque vamos continuar juntos, né”.
Facilitar para o Ceará?
“Eu acho que o futebol é como a nossa vida. Acima de tudo, o Bahia fez um esforço muito grande pra subir. E fez um esforço maior ainda pra permanecer. O que foi o principal disso tudo? A dignidade desse clube, com a torcida e a força que ele tem, com a magia que mexe, uma torcida fiel, as pessoas que nos acompanham. Meu telefone não tem parado, mas eu não tenho atendido. Nós sabemos o que é esse tipo de final, principalmente para os que estão lutando pra não cair, então nós não queremos nos envolver nisso”.
“Hoje eu já me reuni com os jogadores e falei: o nosso trabalho continua, a nossa seriedade continua, o que foi programado na semana passada nós vamos fazer, treinos, concentração, enfim, tudo igual. Nós não vamos quebrar nada, nós vamos entrar em campo pra botar nossa bandeira, junto com o nosso torcedor. Antes dessa entrevista, a primeira coisa que fiz foi convocar o grupo para, em um momento mais calmo, nós nos cumprimentarmos e festejarmos aquilo que o torcedor fez, porque foi o principal ator. Nós somos apenas codjuvantes. Então, vamos jogar como sempre jogamos, não pode ser diferente”.
Teria gosto de vingança “rebaixar” o Cruzeiro?
“Não, o Cruzeiro tem todo o meu respeito, fiz grandes amizades lá, não tenho nada para falar da torcida, sempre gritou meu nome… Ficou uma coisa mal esclarecida, e só teve um prejudicado: o próprio clube. Mas eles já voltaram a conversar comigo recentemente e nós vamos fazer a nossa parte. O Bahia vai fazer a parte dele, não quer saber o que está acontecendo lá. Vai colocar o que tiver de melhor em campo, e não poderia ser diferente, pela nossa honra, pela nossa dignidade. Vamos jogar contra um grande time que é o Ceará, que nos bateu por 3 a 0 lá, não foi isso? Agora, vamos ter a oportunidade de jogar aqui…
“Nosso Natal vai ser um Natal feliz. Nós vamos ter oportunidade, à meia-noite, se for possível, em minha casa, no meu aniversário, de cantar o hino do clube, de comemorar. Tive um ano difícil, passei por três clubes (…). Mas minha bandeira agora está nessa equipe e vamos revigorar essa equipe. No ano que vem, vai ser um campeonato dificílimo, vai vir a Portuguesa e a Ponte Preta, e duas equipes de nossos irmãos aqui do lado, não vai ser fácil jogar lá nem aqui. Vai ser motivante. Quer dizer, precisamos melhorar e vamos melhorar. Mas estamos tranquilos, vamos passar um Natal maravilhoso e um Ano-Novo melhor ainda”.
Recreativo logo na terça?
“Eu não queria esse rachão hoje, não… Eles me pediram, porque já estamos vindo de duas semanas muito desgastantes. Não só no aspecto de trabalho… A contusão do Dodô me machucou muito, como foi… também mexeu com os jogadores. E eles falaram que seria o último, pra não fazer no sábado. Eu falei que, se me arrumassem uma contusão, eu iria concentar um deles desde já. Liberei hoje, mas amanhã o coro vai comer”.
Punição de Bolívar
Não vou comentar, não (suspensão enquanto Dodô estiver se recuperando). Já dei minha opinião antes, tô surpreso pelo que foi feito em relação à arbitragem (absolvida), mas não adianta falar mais nada, já está definido, e não adianta criar mais área de atrito”.
Sul-Americana
Claro, precisamos voar mais alto. Se temos possibilidade de uma competição a mais, pra divulgar mais o nome e o prestigio que esse clube tem, por que nós vamos deixar isso passar?”.
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