Em situação complicada no Campeonato Brasileiro, ocupando a zona de rebaixamento, o técnico Joel Santana recebeu ao menos uma boa notícia na noite desta segunda-feira, quando foi a julgamento no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), sediado no Rio, por fato ligado ainda à época em que comandava o Cruzeiro. Em decisão por maioria de votos, os auditores da Primeira Comissão Disciplinar decidiram absolver o comandante do Tricolor.
Joel Santana foi expulso da beirada do campo quando o Cruzeiro venceu o Ceará por 1 a 0. A partida estava próxima do fim e o relógio marcava 49 minutos, quando o treinador jogou sua tradicional prancheta ao chão, com força. Em seguida, o técnico foi expulso pelo árbitro da partida.
Na súmula, Nielson Nogueira Dias colocou que Joel gesticulou de maneira ofensiva e grosseira ao jogar violentamente sua prancheta no chão em gesto de protesto contra a arbitragem.
Com o fato, Joel foi denunciado no artigo 258, §2º, II, do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), por assumir qualquer conduta contrária à disciplina ou à ética desportiva; desrespeitar os membros da equipe de arbitragem, ou reclamar desrespeitosamente contra as suas decisões.
Presente ao tribunal, o hoje treinador do Bahia prestou depoimento. Não tenho nada contra o árbitro do jogo, ele apitou bem. Joguei a prancheta no chão, mas em nenhum momento foi por conta de alguma marcação dele. Foi um desabafo por um erro de um jogador meu, erro esse que me fez lembrar a final entre Vasco e Flamengo, em 2001, que perdi um título”, contou Joel Santana.
Em seguida, o treinador voltou a negar desentendimento com Nielson Nogueira Dias. “Não tive problema com o árbitro, achei até que foi um jogo truncado e ele apitou bem. Fiquei perplexo com o que ele fez e simplesmente acatei, virei as costas e fui embora. Nem em entrevista falei nada para não criar nenhum tipo de problema”, encerrou Joel.
O advogado do Bahia, Paulo Rubens, enfatizou que Joel não desrespeitou a marcação do árbitro. “A prova de vídeo demonstra que o técnico não cometeu nada que caracterize o artigo em que foi denunciado. Não houve falta, não houve nada. Se repararem, o atleta Montillo estava na mesma linha que ele e prova que ele estava reclamando que o atleta tinha que seguir à linha de fundo. Estávamos no finalzinho da partida”, disse a defesa, para em seguida pedir a absolvição.
À exceção de um dos auditores, que aplicava uma advertência, os demais entenderam que Joel deveria ser absolvido. Agora, o técnico está livre para seguir à beira do gramado passando as suas instruções. O Bahia volta a campo no domingo, quando recebe o Fluminense em Pituaçu.
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