Jogador diz que já vinha se preparando para parar

Pelo menos na coletiva desta segunda-feira, no Fazendão, o atacante Capitão reagiu bem ao anúncio de que uma disfunção no músculo cardíaco vai abreviar a sua carreira: “É impossível não ficar triste. O futebol me deu tudo na vida e é o que eu mais amo fazer. Mas não existe só isso. Sou pai de família, tenho ouras perspectivas e só vou poder contretizá-las porque os médicos do Bahia foram cuidadosos e competentes para detectar o problema. Meu sentimento hoje é de alívio. O Bahia salvou minha vida”.

Ele disse ter preferido não abafar o caso. “Quero que a minha experiência sirva de exemplo para que os clubes continuem fazendo as avaliações cardíacas e para que os atletas cobrem essa postura de suas agremiações. Esse é o legado do Serginho e não podemos fazer com que o sacrifício dele tenha sido em vão”, afirmou, referindo-se ao zagueiro do São Caetano.

Capitão declarou ainda que já vinha se preparando para o final da carreira e que, por isso, foi mais fácil se acostumar com o fato de ter que parar imediatamente: “Sempre quis ser técnico e venho me aprimorando e estudando para isso. Tinha em mente jogar apenas mais dois anos, no máximo. Agora, vou procurar seguir no futebol, só que do lado de fora das quatro linhas”.

Segundo a assessoria de imprensa tricolor, “somente pelo consentimento de Capitão é o que Bahia pôde divulgar o diagnóstico publicamente. O vice-presidente médico do clube, Marcos Lopes, explica que o a avaliação cardiológica é uma rotina no Bahia desde 1990. Outros problemas, menos graves, foram detectados e sanados em alguns jogadores, que não tiveram os nomes divulgados por uma questão ética”.

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