De André Uzêda, no jornal A Tarde desta segunda-feira:
´O alívio espiritual se aproxima da plenitude, ainda assim não se aplacam as dores físicas. A reta final do Brasileirão, a dois jogos do seu término oficial, promove uma dicotomia de sensações nos jogadores do Bahia.
O conforto é pela quase certeza da permanência na Série A que já pode ser matematicamente garantida na próxima rodada, caso o tricolor vença o Náutico, em casa. O corpo, porém, pede descanso imediato. A sobrecarga da temporada provoca desgastes naqueles que mais se expuseram à sequência de jogos.
Fiz 54 jogos, entre Baiano, Copa do Brasil, Sul-Americana e Brasileirão. Tenho esse número de cabeça (risos). Acho realmente que preciso de férias… Mas isso, claro, só vai acontecer quando conseguirmos livrar o Bahia completamente, diz Diones, que completou ontem, contra a Ponte Preta, sua partida de número 32 no Brasileirão.
O cansaço é tal que, até uma eventual suspensão ou lesão de pequeno grau, é comemorada pelos jogadores. Ninguém quer ficar de fora de nenhum jogo, mas nessa reta final, quando isso acontece é até bom. Não joguei contra o Cruzeiro, e conseguir voltar com muito mais gás contra a Ponte. Tá todo mundo cansado, mas também empenhado pra salvar o Bahia da queda, reitera Diones.
Danny Morais, que saltou a rodada contra a Macaca por conta de uma lesão, faz das palavras do camisa 17 do Esquadrão as suas próprias. Já estava bem pra jogar contra a Ponte, mas a comissão técnica preferiu segurar, pois eu ainda não estava 100%. A vantagem é que posso descansar mais e voltar com mais fôlego. O desgaste não é só físico, mas mental também. Como estamos lutando pela sobrevivência qualquer jogo tem características dramáticas. Isso realmente nos deixa exaustos, pontua o zagueirão.
Por conta disso, a comissão técnica já segura o freio de mão em relação aos treinamentos do elenco tricolor. Hoje, por exemplo, o time ganha folga. Ao longo da semana treinará apenas no turno da tarde, com exceção de sábado, com atividade prevista para a parte da manhã.
Força tricolor A fadiga é latente. O estímulo extra, aquele sopro final do pulmão, pode vir de formas singelas. A torcida fez a diferença hoje (ontem). Incentivou até o final e fez com que nós corrêssemos até quando nos faltava perna. Jogar no Bahia tem esse lado muito bom, sintetizou o meia Hélder.
Autor do gol do triunfo, o lateral Neto também fez questão de lembrar do empenho da massa azul, vermelho e branca. Eles merecem. São brigadores e apoiam o time o tempo todo. O gol é pra eles, presenteia.
Como brinde, suspenso pelo terceiro amarelo, saltará a rodada contra o Timbu. Poderá descansar.´
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