Sob o título “Jogo insosso no Nordeste cria desconfiança por arranjo”, a matéria abaixo foi publicada na edição desta sexta-feira da Folha de S.Paulo, que aproveitou as especulações sobre esse mesmo assunto no Brasileirão para mostrar a entregada do arquirrival contra o Treze. Leia o texto de Leonardo Lourenço ou clique aqui para conferir a versão online da original:
`A discussão sobre a possibilidade de um time abdicar da vitória para prejudicar um rival circula o duelo entre São Paulo e Fluminense.
Uma derrota dos paulistas pode atrapalhar o Corinthians na luta pelo título, já que o Fluminense é o concorrente mais próximo do time.
Mas longe das vistas voltadas ao Brasileiro, um resultado no Campeonato do Nordeste, anteontem, serve para ampliar essa polêmica.
Já classificado, o Vitória empatou sem gols com o Treze. O placar serviu para pôr os paraibanos na semifinal.
O resultado eliminou o Bahia, que dependia de uma vitória de seu arquirrival para continuar vivo no torneio.
Mas o comportamento do Vitória causou estranheza.
Primeiro, mandou ao gramado sua equipe sub-17, ao contrário do que havia feito em outros jogos do torneio, quando utilizava jogadores que não eram aproveitados de seu time profissional.
A falta de ânimo dos jogadores também espantou. Ninguém se arriscava.
No Barradão, os poucos torcedores do time pediam para a equipe não vencer.
Ao fim do jogo, perguntado sobre a falta de combatividade do Vitória, o técnico Flávio Tanajura disse que “foi a vontade do torcedor”.
O argumento apresentado é que o clube, que luta para não cair no Brasileiro, não poderia arriscar perder jogadores por contusão.
“Não temos que trabalhar pelos outros, mas só para nós”, justificou o presidente do Vitória, Alexi Portela Jr.
Ele, no entanto, negou que o time tenha evitado vencer para eliminar o rival.
“Eu soube depois, mas parece que foi bem estranho”, disse o presidente do Bahia, Marcelo Guimarães.
“Não dá para acusar, mas se isso aconteceu, só depõe contra o próprio campeonato”, completou o dirigente, que disse que não pretende levar a polêmica adiante.
O presidente da Liga do Nordeste, Eduardo Rocha, disse que não crê em fraude. “Antes da partida soube que o Vitória jogaria com um time de garotos. Mas daí a concluirmos que eles não queriam ganhar é distante.” ´
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