Jones conta sensação e diz entender vaias de antes

Craque da rodada pelo troféu Armando Nogueira, o atacante Jones Carioca cedeu entrevista à assessoria de imprensa do clube. Jones falou do jogo, contou como recebeu a notícia de que jogaria e declarou que foi um “domingo iluminado“. Leia:

Como foi marcar os dois gols contra o Vasco e ser um dos destaque da partida?

“Quero agradecer o professor Jorginho e ao grupo também que me deu bastante motivação para poder entrar nesse jogo. Aos poucos fui adquirindo ritmo de jogo no início, me prejudiquei um pouco por ficar muito aberto pela direita e ser muito marcado, mas depois me soltei. Não esperávamos fazer 4 gols contra o Vasco, mas acho que nossa equipe jogou de igual para igual e até pelo fato da torcida jogar contra eles facilitou bastante para gente no jogo”.

Esperava ter aquele desempenho que teve ontem?

Quando entro em campo procuro dar o meu melhor. Nem sempre você vai jogar bem. Ontem eu estava num domingo maravilhoso. Consegui fazer dois gols, dar um passe e ainda participar da jogada do outro gol. Estou muito feliz. Tenho que levar isso como lição para minha vida. Aproveitar esse momento, mas não posso deixar subir pela cabeça. Ainda tem muitos jogos para terminar o Brasileiro. Quero continuar mostrando o que tenho de melhor”.

Ouça a entrevista na íntegra cedida pela assessoria de comunicação do clube

Como ficou sabendo que seria titular?

“Foi uma surpresa para mim. No sábado ele conversou comigo à noite, me passou confiança, me deu apoio. Isso aí dá motivação a mais para os jogadores. Isso fez com que dentro de campo as coisas melhorassem bastante. Tenho que agradecer bastante ao Jorginho e aos meus companheiros. Sou um cara que nunca desanimei. Passei por vários momentos difíceis aqui no Bahia, mas temos que sempre tentar nosso melhor para dar a volta por cima”.

Sua atuação surpreendeu muita gente. O que tem a dizer para os que desconfiaram de você?

“É até difícil falar. Se eu tivesse do lado dos torcedores eu também ia criticar muitos jogadores. Ia pensar do jeito que eles pensam. Eles querem ver o Bahia bem. Mas é isso que acontece no futebol. Nada como um dia após o outro. Hoje somos criticados, amanhã aplaudidos. Temos que tentar manter o mesmo nível sempre, mas é muito difícil. Sei que muitos desconfiam. Realmente foi um jogo que fiz dois gols, mas tem muita coisa para acontecer ainda. Tenho apoio da minha família e meus amigos. Quero dar a volta por cima e daqui para o final do ano poder fazer mais gols e ajudar o Bahia cada vez mais o que vai ser bom para mim também”.

Você teve algumas propostas para sair. Por que decidiu ficar?

“Ninguém quer sair de um clube cabisbaixo. Tive propostas e algumas que tive o Bahia não quis liberar. Fico feliz porque tem muitas pessoas no clube que gostam do meu futebol, assim como tem torcedores que também gostam do meu futebol. Tive propostas da Portuguesa, do Atlético-GO, do Ceará. Meu empresário conversou comigo e deve ter conversado com o presidente também. Ele é um cara que acredita muito em mim, no meu futebol. Graças a Deus tive oportunidade com Jorginho. Futebol é sempre isso. Nunca podemos desanimar. Tem pessoas que diz que esse jogador não é para o Bahia. Mas as pessoas que me conhecem sabem do meu potencial. Espero contra o Sport continuar fazendo gols e ajudar o Bahia”.

Gostaria de dedicar o gol para alguém?

“Queria dedicar o gol para minha mãe. Já vinha falando com ela que quando fizesse o primeiro gol dedicaria a ela. Ela ficou muito feliz. As pessoas da minha cidade, meus amigos, ficaram muito felizes. Ontem foi uma noite iluminada. Queria dedicar também aos meus colegas que acompanham minha trajetória no futebol e principalmente para o torcedor do Bahia que está sempre no estádio nos aplaudindo e nos momentos ruins vaiam com todo direito pois vão no estádio, pagam ingressos, querem ver bons jogos. Queria dedicar para meus amigos, para o Jorginho que confiou em mim. Daqui pra frente é mostrar o que tenho de melhor”.

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