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Jornal aponta os erros e acertos do clube em 2004

Notícia
Historico
Publicada em 13 de dezembro de 2004 às 22:45 por Da Redação

O repórter Luiz Teles nos enviou o boxe que saiu na matéria desta segunda-feira do jornal Correio da Bahia. O ecbahia.com.br agradece a atenção e aproveita para retribuir os elogios. Confira e reflita:

“COMISSÃO TÉCNICA

ACERTOS

– Ajudou diretoria a contratar atletas sem ônus para o clube. Rodriguinho, Robert, Galeano, Neném, Reginaldo, Henrique e Elivélton chegaram ao Bahia a custo zero. O tricolor pagou R$30 mil por Igor. Parte do salário de alguns desses atletas é bancada por seus clubes de origem.

– Fez a divisão de base produzir, sem queimar atletas. Durante toda temporada, 80% do grupo foi formado por jogadores oriundos do próprio Bahia. Diferentemente de anos anteriores, muitos obtiveram sucesso, alcançando até a Seleção Brasileira SUB-20, como nos casos de Potiguar e Hernane. A maioria dos jogadores teve oportunidade para atuar durante o ano, mas a comissão técnica conseguiu que a responsabilidade dos bons resultados não recaísse sobre nenhum deles especificamente. Hoje,o time titular é formado por seis atletas formados no Bahia.

– Prestígio do técnico Vadão e do auxiliar Gersinho foi fundamental para a convocação de diversos atletas do clube para as Seleções Brasileiras de base. Convidado pela comissão técnica tricolor, o ex-jogador Branco, hoje diretor do departamento de seleções de base da CBF, conheceu o Fazendão e assistiu a jogos do tricolor.

– Formação de excelente ambiente entre os jogadores, resultado da combinação do trabalho de psicologia de médio e longo prazo de Antônio Presídio, somado à coerência nos momentos de manutenção e afastamento dos atletas do time titular, além do veto de contratações que colocassem em risco a atmosfera do Fazendão.

– Inteligência para contornar momentos difíceis. Com planejamento e trabalho psicológico, a comissão técnica conseguiu transformar os piores acontecimentos de 2003, em motivação para 2004. Na temporada, quando o cerco apertou no início da segunda divisão, Vadão trouxe os chefes de torcida ao Fazendão, explicitando as dificuldades e como o clube poderia reverter aquela situação. Ganhou a confiança do torcedor e o time passou a vencer com mais freqüência.

– Trabalho em equipe. Diferentemente de outros treinadores, centralizadores, a condução de Vadão no comando do Bahia foi bastante democrática. Sempre coube ao técnico a decisão final, mas nada foi feito, principalmente nas ações fora de campo, sem um consenso entre os membros da comissão técnica e diretoria.

ERROS

– O erro mais evidente de toda campanha tricolor na Série B foi a manutenção do centroavante Selmir entre os titulares. As justificativas táticas dadas por Vadão para mantê-lo no time principal, como importância no jogo aéreo, ou na fixação dos zagueiros adversários, se mostraram insuficientes ao se observar o crescimento técnico da equipe após a saída do atacante.

– Contratação de Galeano. Veio para ser o capitão e referência da equipe, mas chegou ao Fazendão com um problema de tendinite que não o deixava treinar. Fora de forma, não rendeu o esperado e foi o maior fiasco da equipe na temporada.

– Variação tática limitada. O Bahia termina o ano com apenas duas formas de jogar: no 4-4-2, com Neto de primeiro volante, ou no 3-5-2, com Neto atuando como terceiro zagueiro. A aposta deu certo na construção de um padrão tático ao time, mas em muitos jogos (como no fatídico confronto de sábado) a equipe se ressentiu de mais alternativas para conseguir as vitórias.

– Escalação de Ari no jogo contra o Brasiliense. Numa temporada marcada pela coerência nos momentos de escalar os titulares, a entrada de Ari e o fiasco do Bahia na primeira partida do quadrangular decisivo ficaram entalados na garganta do torcedor. Todo o time jogou mal naquele dia, mas a modificação, segundo palavras do próprio treinador, que reconheceu o equívoco, desestruturou o resto da equipe.

DIRETORIA

ACERTOS

– Não gastou mais do que arrecadou em 2004. Iniciou o ano com um orçamento prevendo um rombo de R$2,5 milhões (que serão cobertos com negociações de atletas). Termina a temporada com o planejamento financeiro cumprido.

– Patrocinadores voltaram ao Fazendão. O Bahia começou o ano apenas com a Pênalty como parceira. Hoje, além do fornecedor de matérias esportivos, o time ostenta mais três grandes anunciantes.

– Conclusão de reformas no Fazendão. Obras inauguradas em 2003 foram ampliadas e finalmente divulgadas ao público.

– Contratações em conjunto com a comissão técnica, que foi mantida por toda temporada. Diferentemente de temporadas passadas, os empresários não fizeram a festa no Fazendão em 2004. A maioria das contratações foi feita em acordo entre diretoria, Vadão e Gersinho. A comissão técnica usou de sua influência para gerenciar muitos dos contatos com os atletas e seus representantes.

– Cumprimento de acordos com atletas. Salários e premiações pagos em dia. “Blindagem” contra a saída de Robert. Aumento de salários para muitos dos jogadores oriundos das divisões de base. Não foi mais que a obrigação, mas para quem estava endividado até a cabeça em 2003, a atitude torna-se louvável como um acerto em 2004.

ERROS

– Repetição de equívocos históricos, como a enxurrada de jogadores de empresários no início da temporada (Marcão, Daniel Mendes, Alberoni…). Diretoria justificou as contratações por causa da urgência em completar um elenco reduzido, “tanto que os contratos foram curtos, de apenas de seis meses”, segundo palavras do diretor de futebol Walter Telles. Contudo, na maioria dos casos (exceção feita ao zagueiro Leonardo), o Bahia perdeu muito dinheiro bancando esses atletas por um semestre.

– Futebol é um negócio de risco, mas a diretoria não se arriscou nos momentos quando precisou pagar mais para ter um atleta. Preferiu trazer outros por preços mais compatíveis com a realidade do clube. Caso subisse para a Série A, o Bahia teria sua receita de televisão triplicada em relação a atual temporada, dinheiro suficiente para cobrir dívidas como essas. À vezes, prudência em excesso no mundo dos negócios, pode se tornar uma atitude de risco.

– Vaga pela porta dos fundos na Copa do Brasil. A grana da televisão, publicidade e ingressos será ótima para o clube, mas a participação na Copa do Brasil 2005 entrando pelas portas do fundo pega mal para a credibilidade do futebol baiano.

– Falta de planejamento para 2005. A próxima temporada começa em pouco mais de 40 dias e o Bahia ainda não sentou para renovar o contrato da comissão técnica ou dos atletas que aprovaram, como nos caso de Robert, Henrique, Reginaldo e Rodriguinho.

– Atitudes provincianas como atrasar o último jogo em 30 minutos para saber o resultado do adversário, e mandar o assessor de imprensa pressionar o árbitro no intervalo, num jogo ao vivo para todo o Brasil (e para o exterior também, pela Globo Internacional), estragou muito da boa imagem que o Bahia conseguiu reconstruir em 2004. Que patrocinador vai acreditar num time em que a diretoria toma atitudes não profissionais?”

Leia também: Diretor e treinador falam sobre os erros e acertos

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