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Jornal cede seu espaço para desabafo de torcedor

Notícia
Historico
Publicada em 10 de novembro de 2006 às 00:41 por Da Redação

Intitulado “BASTA!”, o texto abaixo se encontra na edição desta sexta-feira do jornal Tribuna da Bahia, publicado em um espaço tradicionalmente ocupado pelo noticiário esportivo nacional. Confira o desabafo do tricolor Edílson Vieira dos Santos (OAB/BA 2964, Sócio Patrimonial nº 8064 do EC BAHIA, em situação regular com suas obrigações):

“A torcida do Bahia não suporta mais as crescentes humilhações a que está sendo submetida nos últimos tempos, e as recentes cenas de violência, altamente condenáveis, proporcionadas por alguns de seus componentes que invadiram o gramado da Fonte Nova, no jogo contra o Ipatinga, num ato de desabafo e total desespero, protestando contra aqueles que dirigem o clube de seus corações. Estavam a demonstrar que não é mais possível admitir que um clube de massa, das gloriosas tradições do Bahia, com 2 títulos de campeão brasileiro e 43 estaduais, seja jogado no “mar de amarguras”, humilhado e fadado ao desaparecimento. A cognominada Nação Tricolor. que antes vestia com orgulho a camisa do Bi-Campeão Brasileiro, ostentando as duas estrelas tão invejadas e conquistadas com sangue, suor e lágrima, hoje sente-se humilhada com os acontecimentos que envolvem o nosso Bahia de tantas conquistas e tradições.

Nesta oportunidade, após o julgamento de uma das Turmas do Superior Tribunal de Justiça Desportiva, onde o Bahia foi condenado à perda de 8 mandos de campo, e a uma multa de R$141.000,00, a situação decerto se agravará, pois, com os seus cofres já combalidos, jogando com os portões fechados e sem a existência da sua principal fonte de renda, não será possível honrar o pagamento dos salários de seus atletas, comissão técnica, médicos, funcionários e demais compromissos, o que implicará numa pré-falência, apesar da existência do seu patrimônio, hoje também prejudicado, como se antevê do péssimo estado da sede da Boca do Rio – antes motivo de admiração de seus torcedores e inveja dos seus rivais.

Com a iminente manutenção do Bahia na Série C, do Campeonato Brasileiro, ou até mesmo fora dele, na hipótese de não ser campeão ou vice campeão baiano de 2007, lembrando que a última vez que o Bahia se sagrou campeão baiano foi no ano de 2001, é chegado o momento de reflexão, onde os seus atuais dirigentes devem esquecer as vaidades e ambições e pensar mais no Bahia e na sua torcida, seu maior patrimônio, abrindo-lhe as portas, conforme já foi objeto de várias promessas (descumpridas), para que a mesma, através de dirigentes por ela eleitos democraticamente possam dar um novo rumo ao Clube, infelizmente, hoje objeto de tantas e imerecidas chacotas, em face da incompetência de seus dirigentes, mesmo escudados na posição de torcedores.

Senhores dirigentes: atentem para o fato que Não Há Mal Que Sempre Perdure, Nem Dor Que Nunca Se Cure e, por isso, torna-se necessário e urgente que os senhores dêem uma oportunidade ao Bahia, afastando-se de seus quadros, para que o mesmo continue a trilhar a sua gloriosa existência, agora obstaculizada pela incompetência dos trabalhos que ali tentaram realizar.

Pensem bem, senhores dirigentes do Bahia, nada é eterno. Esmerem-se em atitudes de grandes vencedores, que escolheram o momento certo para se aposentar, embora estivessem em posições invejadas, como é o caso, recentemente do grande corredor da Fórmula 1, Michael Schumacher, que soube sair, ainda, em momento de glória, antes de começar a sofrer as agruras das derrotas.

Nesse sentido, só nos resta pedir a Paulo Maracajá que o mesmo, também, faça uma reflexão e, considerando a situação atual porque passa o nosso Bahia, e os recentes acontecimentos, afaste-se dele, com todo o seu grupo, evitando, assim, seja estragada uma página muita bonita que o mesmo ajudou a escrever, com a conquista de 16 campeonatos estaduais e um brasileiro. Caso contrário, será decerto julgado por essa mesma torcida que, outrora o aplaudiu, taxando-o de “arauto de sua destruição”.

E que nessa reflexão, senhores dirigentes, e especialmente Paulo Maracajá, numa atitude digna e somente própria dos grandes homens, em momentos semelhantes aos enfrentados pelo nosso Bahia, procurem aprovar os estatutos sociais elaborados por convocação do seu atual Presidente, renunciando aos cargos e posições que atualmente exercem, e convocando eleições gerais no Clube, porque somente assim, com quadros renovados, idéias e mentalidade jovem, estarão contribuindo para manter viva a razão de ser do Bahia, que indubitavelmente, Nasceu Para Vencer”.

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