A rádio FM 104 aproveitou a resenha da noite desta quinta-feira para antecipar a reportagem “bombástica” prometida para a edição de amanhã do jornal A Tarde. Sem relevar como as conseguiu, o períodico exibirá duas cartas escritas enquanto o clube descia ladeira abaixo rumo ao rebaixamento do ano passado: uma do representante do Banco Opportunity no Bahia, Jorge Goldstein, e outra do presidente Marcelo Guimarães.
A primeira foi enviada em 24 de novembro de Jorge para Marcelo, na qual aquele, enquanto membro do Conselho de Administração do Bahia S/A, afirmava que há cerca de sete meses havia mostrado que estava totalmente contrário ao modo de conduzir de Guimarães. Este teria pedido tempo para refletir, porém as coisas não mudaram e, em reuniões posteriores, permanecia firme, dizendo à imprensa, por exemplo, que o time tricolor só era inferior a três adversários no Brasileirão 2003.
Segundo Goldstein, os erros seguiam se acumulando. Posicionou-se contra a saída do técnico Evaristo de Macedo e a “forma absolutamente equivocada” que cinco jogadores foram dispensados por Edinho Nazareth. Apelou novamente para o destinatário rever seus conceitos com o objetivo de, assim, “prevenir o Bahia S/A de futuras derrotas humilhantes”.
TOMA LÁ DÁ CÁ
Em resposta, no dia 2 de dezembro o cartola não deixou por menos. Reclamou de uma suposta postura omissa de Goldstein tanto no Nacional de 2002, quando a equipe “só se salvou de forma dramática na última rodada”, quanto no Baianão 2003, “quando se classificavam oito e o Bahia ficou em nono”. Reconheceu que errou nas contratações – ao lado de Maracajá, Petrônio e Orlando Aragão -, contando que 9 dos 15 reforços foram devolvidos, o que deu um prejuízo de 1 milhão e 200 mil reais aos cofres do clube.
Marcelo dizia que não entendia o afastamento em abril de Maracajá, já que depois este teria tentado voltar de todas as formas, inclusive com pressão de Goldnstein. Acusou o representante do Banco de pedir a cabeça de Bobô, o que foi acatado, e de desejar a contratação de Tite, tendo Vadão como segundo opção. Veio Lula Pereira, treinador que foi solicitada sua demissão após o empate na Fonte Nova com o Fluminense. “Uma estátua seria melhor que ele”.
Conclui revelando que todos os diretores escolheram Edinho, que declarou que não continuaria no Fazendão caso os atletas indicados não fossem mandados embora. Ademais, que não toma decisões de maneira “autocrática”, chamando Jorge de “caráter fraco” e “sem estrutura para assumir a responsabilidade”, além de possuir “temperamento intempestivo em cima de funcionários e técnicos”. Veja alguns trechos finais:
“Eu, Trocolli e Paulo Carvalho que sempre resolvíamos tudo”. “Emprestei 700 mil ao Bahia e sou avalista de 2 milhões de reais”. “Não concordo em chantagear o Opportunity por meio da imprensa”. “Enquanto for presidente, a imagem do Banco será preservada, pois o clube lhe deve gratidão”.
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