De Moysés Suzart, no jornal A Tarde desta quinta-feira:
“Não é bolsa de valores, mas o Fazendão está cheio de especulações, graças ao mistério que o técnico Arturzinho adora deixar no ar. Se durante a semana a expectativa estava em torno do retorno do atacante Moré, agora a dúvida é se volta o ídolo tricolor ou permanece Charles, atacante em constante crescimento.
Sempre irônico, Artur preferiu deixar que a imprensa e a torcida tentem adivinhar quem pode entrar, baseado nas pistas que ele afirma fornecer. De acordo com os treinamentos da semana, parece que Moré vai assistir seu concorrente enfrentar o ABC, neste domingo, na Fonte Nova.
FACULDADE No coletivo de terça, quem recebeu o colete foi o atacante com nome de peixe. Mas esta pista dada pelo comandante não tem fundamento a favor do retorno do segundo artilheiro tricolor no estadual deste ano. Charles nem desceu para o treino de anteontem, poupado nos trabalhos vespertinos.
Mas ontem foi o dia da verdade. Ambos estavam em campo para receber o colete, que acabou caindo nas mãos de Charles. Com isso, parece que Moré novamente vai ser prejudicado com sua contusão no joelho durante a Terceirona.
Grande promessa para o Bahia no ano, Reginaldo Chagas, natural de Fortaleza, também foi prejudicado pelo velho problema no púbis, que o deixou parado por dois meses. O fato de começar a carreira aos 24 anos pode ter influenciado nos problemas físicos do craque, apesar do atleta contestar. É normal um jogador se machucar quando tem muito jogo. Aqui, estive parado apenas uma vez, analisou o atacante, lembrando que só passou três dias contundido na Série C deste ano para ser poupado.
No caso de Moré, pode até não ter influenciado o fato de começar tarde, mas a preparação física é bem mais complicada para os especialistas. Para Eduardo Fontes, preparador físico do Bahia, o processo de adaptação de um jogador que começa tarde é delicado.
O braço direito de Arturzinho tenta explicar a dificuldade. De um modo simples de entender, é como se fosse um aluno que entrasse na faculdade, sem acompanhar todo o processo normal da escola, compara.
Para Eduardo Fontes, é providencial que um atleta comece cedo seu condicionamento. Isso pode influenciar até quando o jogador se torna veterano. Exemplo disso é Emerson (zagueiro) e Preto que não dão trabalho como outros jogadores que começaram os trabalhos físicos tarde, sentenciou o preparador.
FOLGA A maioria do elenco do Bahia experimentou o novo uniforme de treino, menos o meia Cléber. Pelo segundo dia consecutivo, o ex-jogador gaúcho não desce para treinar nos coletivos, com o mesmo problema na panturrilha. A comissão técnica continua afirmando que o jogador não preocupa, mas nunca é tarde para Arturzinho procurar um substituto.
No meio-campo, Elias continua atuando no lugar de Cléber. Hoje os jogadores só treinam pela manhã. Amanhã, será a vez do coletivo na Fonte Nova, apesar de o Bahia ainda não ter a liberação para treinar no local da partida”.
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