Passados 290 jogos, 12 rodadas e 728 gols marcados, o porão do futebol nacional chega à sua metade. Dos 64 times que iniciaram a disputa, no dia 7 de julho, restam apenas 16 ou um quarto deles – que, neste sábado, começam a duelar por uma das oito vagas da próxima e derradeira fase.
Três dos quatro rebaixados da Segundona do ano passado já deram adeus à Série C (Guarani, Paysandu e São Raimundo). Além dos campeões estaduais de Santa Catarina (Chapecoense) e Paraná (Paranavaí), dez dos 12 clubes do Eixo Rio/São Paulo também estão eliminados.
Nunca foi tão fácil subir, adivinham diversos setores de torcida e imprensa, que nesta terça-feira receberam o apoio do próprio técnico tricolor. O Bahia não tem desculpa este ano, afirmou um confiante Arturzinho, no início da noite, sem pestanejar mesmo à frente da imprensa.
Ele, que se disse surpreso com a desclassificação do Joinville, um dos favoritos para mim, pondera sobre as intempéries da Terceira Divisão: Ela é mais difícil por causa da carência de informações. A Série B passa na televisão. Na C, você não conhece os estádios, a condição dos gramados e nem os adversários que terá pela frente.
A indefinição em torno do grupo azul, vermelho e branco, o 25, é outro problema. Em vez de três, vamos ter de analisar quatro times, lamenta, referindo-se à pendência do julgamento do Imperatriz do Maranhão.
A partir desta quarta, Artur pretende pegar DVDs de partidas do amazonense Fast e do potiguar ABC. Se fizermos a nossa parte, ano que vem as distâncias serão mais curtas, concluiu, tendo em vista a iminência de dois compromissos do Bahia na região Norte do País.
Os rincões mais afastados do chamado centro, aliás, vem levando vantagem no certame. Com seis equipes, o Nordeste teve o maior número de classificados para a terceira fase. Já os paulistas e os fluminenses, que possuíam a maior quantidade de representantes na largada (6), emplacaram apenas um, cada: o Bragantino e o América.
O Estado com o melhor aproveitamento até aqui é o de Goiás, que iniciou a competição com quatro participantes e continua com três: Atlético, Crac e Vila Nova. Em segundo, vem o Rio Grande do Sul, com dois: Esportivo e Ulbra.
RAIO-X Dos 13 campeões estaduais que estrearam dois meses atrás, somente cinco permanecem vivos na competição. É o caso do Rio Branco, do Acre; do Coruripe, de Alagoas; do Nacional, da Paraíba; do Atlético, de Goiás; e do ABC, do Rio Grande do Norte.
Também chama a atenção o fato de o Bahia ser o único remanescente da mesma etapa, em 2006. Os 15 demais times mudaram: Ferroviário/CE, Rio Negro/AM, Ananindeua-PA, Vitória, Treze/PB, River-PI, Ipatinga/MG, Brasil de Pelotas/RS, Noroeste/SP, Anapolina/GO, Barueri/SP, Criciúma, América/MG e J. Malucelli/PR. Outra exceção pode ser a Tuna Luso/PA, caso realmente ganhe a vaga no tapetão.
No quesito tradição, apenas três clubes detêm títulos de competições nacionais. O Esquadrão de Aço vem na frente, com o caneco brasileiro, conquistado no ano de 1988. Em seguida aparece o Bragantino, que levantou a Série B, em 89; e o Vila Nova/GO, que ganhou a Série C, no ano de 1996.
E a briga pela artilharia promete ser boa. Depois de reinar absoluto por diversas rodadas, o tricolor Nonato, que não balança as redes há três, terminou ultrapassado pelo veteraníssimo Túlio Maravilha, do Vila Nova. O atacante falastrão decretou a eliminação do Bugre, no último sábado, e alcançou os 11 gols. Um a mais do que Nonato.
Sempre folclórico, Túlio prometeu, recentemente, só encerrar a carreira após fazer o milésimo, seguindo os passos de Romário. De acordo com suas contas, ele já passou de 800.
A terceira posição na tábua de goleadores é do centroavante Cléo, da Tuna Luso. Zada, do América/RJ; Testinha, do Rio Branco/AC; e Edenilson, da Roma Apucarana/PR, surgem logo atrás, com sete tentos.
A CAMPANHA GERAL DOS CLASSIFICADOS:
29 pontos
Bahia
27 pontos
Coruripe/AL
25 pontos
ABC/RN e Atlético/GO
23 pontos
Nacional/PB
22 pontos
Barras/PI, Rio Branco/AC, Fast/AM, Vila Nova/GO e Bragantino/SP
20 pontos
América/RJ, Esportivo/RS, Ulbra/RS, Imperatriz/MA e Crac/GO
18 pontos
Villa Nova/MG
Colaborou Herbem Gramacho
Matéria publicada originalmente, por esse mesmo autor, na edição desta quarta-feira 04/09/2007 do suplemento A Tarde Esporte Clube
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