Ao final do jogo contra o Náutico, sexta-feira, a preocupação da torcida era que tanto o meia Rodriguinho quanto o lateral Bruno, expulsos pelo árbitro Luís Antônio Silva Santos, seriam reincidentes e, por isso, pegariam um longo gancho quando fossem julgados pelo STJD. Mas não é bem assim.
Confunde-se muito o critério para alguém ser enquadrado como “reincidente”. Na verdade, somente quem já foi punido anteriormente (e não apenas julgado) pode receber tal nomenclatura – e este só é o caso do camisa 8.
Em agosto, o tribunal da CBF suspendeu Rodriguinho em duas partidas por “atitude desleal ou inconveniente” na derrota para o Avaí, no início daquele mês. Embora tivesse recebido seu primeiro cartão vermelho defendendo o Bahia, ele já havia sido punido antes, quando estava no Botafogo, sendo portanto reincidente.
Já Bruno foi absolvido da acusação de “jogada violanta”, originada a partir de sua expulsão em julho, diante do Sport, de maneira que a situação do jovem ala é bastante diferente da do companheiro. Suas chances são maiores no próximo julgamento.
MAIS UM ESCLARECIMENTO
Outra polêmica que tem sido levantada é se Bruno poderá voltar ao time no embate do dia 30, contra o Marília. O problema é que ele entrou pendurado no gramado dos Aflitos e levou o vermelho pela acumulação de dois cartões amarelos.
De acordo com a nova legislação vigente (publicada há menos de três meses, através de RDI), “se um jogador é advertido com o cartão amarelo e, posteriormente, é expulso, com a exibição direta do cartão vermelho, aquele cartão amarelo permanece para o cômputo dos três que importarão em impedimento automático”.
Mas confira o que diz o parecer da Procuradoria da CBF, consultada por alguns clubes em dúvida: “Caso, entretanto, o jogador receba um cartão amarelo e, posteriormente, receba o segundo, com a exbição também do cartão vermelho, tais cartões não permanecem para o cômputo dos três que geram o impedimento automático”. Ou seja, Bruno terá o direito de retornar na próxima rodada, mas vai continuar pendurado.
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