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Leia entrevista exclusiva com Fernando Jorge!

Notícia
Historico
Publicada em 6 de novembro de 2005 às 10:56 por Da Redação

Leia abaixo entrevista concedida com exclusividade pelo candidato Fernando Jorge Carneiro à equipe ecbahia.com.br. Dez perguntas para dez respostas cujas palavras-chave são apoios da torcida e de gente como Ruy Santos Neto, Walter Telles, ACM Junior, ACM Neto, Eraldo Tinoco, Paulo Gaudenzi, Marinaldo Moradillo, Virgílio Elísio, Fernando Schimidt e Luiz Osório:

1 – Algumas pessoas ainda têm alguma ressalva quanto a sua candidatura por não conhecerem o senhor, então nada melhor do que começar perguntando: Quem é Fernando Jorge Carneiro?
Sou formado em Engenharia Civil e atuo como empresário no ramo da construção civil. Sou casado e tenho três filhas. Por muitas vezes já trabalhei pelo Bahia – através de doações, contratação de jogadores e nas obras patrimoniais – mas até então nunca quis exercer um cargo no clube. Acho que a hora é essa. Ninguém pode se omitir neste momento grave. Talvez a história vá cobrar muito caro os erros e a omissão desse instante histórico na vida do Bahia. O caso agora é de vida ou morte.

2 – O senhor está se candidatando a presidente no momento mais delicado da história do Bahia, não teme fracassar?
Fracassar? Existe maior fracasso do que esse que estamos vivendo, com o clube na 3ª Divisão? Pior do que eles fizeram, impossível. O torcedor pode acreditar que vamos sair dessa crise. O que levou o Esporte Clube Bahia ao fundo do poço foi a má-gestão, foi a falta de cuidado. Se formos minimamente sensatos e responsáveis, ninguém vai segurar o Tricolor.

3 – Quais os projetos de Fernando Jorge para reerguer o Bahia?
Quem não tiver credibilidade diante da torcida do Bahia vai ter muita dificuldade. O grupo que quer se manter no poder não convence a mais ninguém. Então nosso primeiro dogma é que a torcida é o alicerce do Esporte Clube Bahia. Esse é o ponto número um, absolutamente indiscutível e inegociável. Sem a força da torcida, motivada e acreditando na reconstrução, qualquer esforço será em vão. E para que isso ocorra é preciso democratização, transparência, sinceridade. O segundo ponto é montar um time competitivo para a temporada 2006, com o objetivo de ser campeão baiano, chegar às finais da Copa do Brasil e subir para a Série B. Tenho um programa completo de trabalho, mas esses são os dois pontos básicos para alcançar todo o resto. Penso também que serei um elo de ligação na transição ao pleno profissionalismo do Bahia. Não serei candidato à reeleição em hipótese nenhuma e meu sucessor será eleito pelo voto direto dos associados.

4 – O senhor passou a ser a esperança da maioria dos torcedores do Bahia para uma mudança no clube. Como encara esse fato?
O torcedor e mesmo a comunidade baiana quer um presidente que pense no Bahia como um clube grande e não como um timinho; alguém que assuma a responsabilidade, tenha compromisso e atitude com a democratização do clube. Não existe um salvador, um herói, mas o próximo presidente tem que ter a torcida ao seu lado. Só com o torcedor – inclusive aquele que já não vai ao estádio – é que o Bahia vai sair da crise.

5 – Pela primeira vez os movimentos de oposição do Bahia se uniram em torno de um único candidato, no caso o senhor. Qual a influência que cada movimento terá no seu mandato, caso o senhor seja eleito?
Sou um democrata e o nome do movimento do qual faço parte é “Unidade Tricolor”. Não haverá revanchismo nem acerto de contas com o passado. A crise é muito grave para ficarmos discutindo desavenças pessoais. Quem quiser pensar no Bahia, exclusivamente no clube, sem vaidades, sem interesse pessoais, vai estar comigo. Entre as forças que marcham conosco estão diretores que compõem a atual gestão, como Ruy Santos Neto; o ex-diretor de futebol, Walter Telles; do mesmo modo que tricolores históricos, como ACM Junior, ACM Neto, Eraldo Tinoco, Paulo Gaudenzi, Marinaldo Moradillo, Antonio Miranda, Virgílio Elísio, Geraldo Brasil, Antonio Pithon, Fernando Schimidt, Luiz Osório, Pedro Barachisio Lisboa, Wellington Cerqueira, Jorge Maia e Ênio Carvalho. Temos também o apoio do Movimento Bahia Livre, através de Ivan Carvalho, e do Diretas Já, na pessoa de Edmilson Gouveia.

6 – Como o senhor conduzirá a reforma dos Estatutos do Bahia, caso seja eleito?
Já passou da hora de o clube se democratizar. Todas as correntes de pensamento têm que estar presentes na vida do Bahia, inclusive as torcidas organizadas assumindo o verdadeiro papel de voz do torcedor. Os dirigentes têm que trabalhar com seriedade, planejamento, organização, sempre em favor do clube e não para satisfazer interesses pessoais. Quando isso ocorrer, o Bahia voltará a ser o gigante, o “Esquadrão de Aço”, o que “Nasceu para Vencer”.

7 – Muitos consideram inviável administrar o Bahia, dado ao seu grau de endividamento e sua situação no cenário futebolístico. Como fazer para angariar recursos e recuperar a imagem do Tricolor nacionalmente?
A situação é difícil para todos os clubes de futebol do país. Veja o caso do São Paulo, que só vai ter um ano de superávit por causa da Libertadores. No caso do Bahia, a crise é pior porque, entre tantas coisas, falta um mínimo de planejamento e organização. No ano passado, em 2004, somente a bilheteria contribuiu com 20% da receita do clube. Em 2005, esse percentual nem chegará à metade, porque o Bahia praticamente desperdiçou todo o segundo semestre ao ser rebaixado para a 3ª Divisão. Vamos buscar uma forma de receita a curtíssimo prazo para dar partida no motor, mas o combustível da reconstrução virá da torcida. Não tenho dúvida de que o torcedor atenderá à nossa convocação.

8 – Pela primeira vez foi divulgada a lista dos conselheiros, que terão direito a voto no próximo dia 7. Como fica pautada a campanha do senhor, sabendo agora o colégio eleitoral do Bahia?
O colégio eleitoral é o que aí está. Ele não é representativo de todas as forças tricolores, mas é o que vai escolher o presidente. Vamos acatar as regras do jogo, com todas as suas deformações. O que está em jogo é se o Bahia deve sobreviver ou se vai morrer. Agora, a responsabilidade pela mudança ou pelo continuísmo é dos 323 conselheiros. Para cada um deles eu digo: “eu sou a mudança, se você quiser”.

9 – Antes de encerrarmos com a tradicional mensagem para a torcida Tricolor, gostaria que o senhor deixasse uma mensagem para os conselheiros, que decidirão o futuro do Bahia:
Não pense em nomes, em interesses, em gratidão. Pense no Bahia.

10 – Agora sim, que mensagem o candidato Fernando Jorge gostaria de deixar para a Nação?
Dirigir o Esporte Clube Bahia é coisa séria. Você mexe com a emoção, com a cabeça, de milhares de pessoas. Vou respeitar a sua história, tratá-lo como um clube grande e recolocá-lo nos trilhos da vitória. Tenha a certeza de que não negligenciarei nunca a administração do Bahia. Só vou delegar poderes a gente competente. Não serei irresponsável, vou ouvir a todos, mas a decisão será sempre minha, porque não terei nem preciso de chefe.

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