Escoltados por duas viaturas do Batalhão de Choque da Polícia Militar, os jogadores do Bahia saíram escondidos pelo setor de cargas do aeroporto. Mas a estrutura montada pelos funcionários da Infraero para evitar tumulto no desembarque foi em vão. Por volta das 14h30, quando o time entrou no ônibus para sair da Base Aérea, apenas alguns “gatos pingados” compareceram para protestar. A torcida desta vez não encontrou forças nem para recepcionar a equipe.
O fato não causou estranheza a quem acompanha o dia-a-dia do clube. Há um bom tempo a torcida tem se omitido nos desembarques. Uma possível resposta pode vir das palavras do presidente da Povão, uma das maiores torcidas organizadas do Bahia. “Os jogadores que foram a Jundiaí não têm culpa. O pessoal que assumiu nesses últimos sete jogos também não. O problema foi criado na administração passada”, concluiu Rosalvo de Castro.
Ele carrega hoje o peso da culpa. Não por ter ligação direta com o futebol do clube, mas por ter acreditado nas promessas da gestão Marcelo Guimarães e não ter pressionado a diretoria. “Foram gafes em cima de gafes que levaram o time a essa situação. E eles passando através da imprensa que estava tudo bem, que não tinhamos dívidas. Agora, temos um rombo de R$ 50 milhões, funcionários sem receber e um time na terceira divisão”, irrita-se, mesmo que a crença num futuro melhor ainda esteja acesa. Para isso, mudanças no estatuto, mais acesso dos torcedores às coisas do clube e planejamento a médio e longo prazos são a saída, na opinião do representante da Povão.
Correio da Bahia (Adaptado)
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