A matéria abaixo figura na edição de hoje do Correio da Bahia:
“Em campo, o Bahia parece não cansar de acumular fracassos: dois rebaixamentos em três anos, lugar garantido na Série C 2006 e um grupo de jogadores desmotivados. Fora das quatro linhas, o presidente Petrônio Barradas busca alternativas para contornar a grave crise financeira do clube.
Na última sexta-feira, em reunião no Rio de Janeiro, na sede do Fluminense, com representantes de outros 25 clubes do futebol nacional, a Timemania pautou todas as conversas. “O encontro foi muito bom. Os clubes estão unidos e saíram mais fortalecidos para buscar a aprovação deste projeto de lei. Inclusive, ficou acertado de se criar um departamento de marketing para planificar as campanhas, ao invés de cada um lutar isoladamente”.
O objetivo do encontro, que agregou representantes do Clube dos 13 e da Futebol Brasil Associados (FBA), foi buscar alternativas que agilizem a aprovação do projeto nº 5.524 para que este se torne lei e entre em vigor o mais rápido possível. “É importante que autoridades e deputados de cada estado continuem a exercer esta pressão no governo no sentido de se aprovar o mais rápido possível a Timemania. A pauta da Câmara Federal está trancada por uma série de motivos, mas nossa base está colaborando, pois temos conselheiros e torcedores do Bahia que estão mobilizados”.
Caso o resultado seja favorável aos anseios dos dirigentes, os clubes poderiam parcelar débitos tributários já existentes e dívidas como, por exemplo, INSS, Receita Federal e FGTS. “Segundo levantamento financeiro, o Bahia tem um passivo de R$20 milhões em impostos, que estão sendo pagos através do Refis. Agora, o quanto a Timemania pode nos auxiliar ainda é incerto dizer em valores exatos. Ainda há alguns debates, como o prazo para financiamento (pode ser ampliado para 180 meses), que esclarecerão mais pontos. Temos que aguardar”.
Certo, segundo a visão do dirigente, é que o projeto de lei é bom para times, governo e torcida. “O governo poderá receber os atrasados a que tem direito, além de ter a garantia que os clubes que não cumprirem o cronograma ou desrespeitarem os pagamentos serão excluídos da Timemania. Para o torcedor, é importante ele perceber que a medida que seu clube quita as dívidas há mais recursos para se investir na equipe”.
A nova loteria contaria com 80 clubes das três divisões do futebol brasileiro. O apostador fará sua fé em dez times e, caso todos vençam seus jogos, o felizardo leva o prêmio máximo. Haverá também a aposta no “Time do Coração”, maneira direta de o torcedor ajudar seu clube a sair do buraco. Quanto maior o número das apostas, mais o clube lucra. A previsão de arrecadação inicial é de R$ 500 milhões/ano. Do montante, R$125 milhões (1/4) ficam com os clubes, sendo 65% para os times da Série A, 25% para Série B e 10% para Série C”.
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