Luiz Britto defende sua contratação. Confira!

Não foi uma decisão imediatista. Venho conversando com o presidente Marcelo Guimarães, e diretores do Bahia, à cerca de um mês. Me custou uma noite inteira de sono, quando varei o dia, a sós, na varanda da minha casa, pesando os prós e os contras. Mas lhe confesso, que nesta noite, não reservei um minuto sequer do meu tempo para avaliar a legalidade da minha presença na Assessoria de Imprensa do Bahia, por ser torcedor do Vitória.

Sou formado em Contabilidade, estudei na Faculdade de Direito e de Comunicação da UFBa, tenho o Curso de Relações Públicas, sou jornalista e radialista, e nestes 30 anos de profissão, exerci cargos tão importantes e relevantes na minha vida, como membro da Assessoria de Imprensa do Governador João Durval Carneiro, da Sudesb, do Clube Bahiano de Tênis, do Cefet-Ba – Centro Federal de Educação Tecnológica da Bahia, Rede Bahia e Rede Globo, TV Bandeirantes, TV Itapoan, Rede Manchete, fundador do Correio da Bahia, repórter do Jornal da Bahia, Diário de Notícias, Editor de Esportes da Tribuna da Bahia, repórter da Rádio Sociedade, Cultura, Excelsior, assim, pelo alto, porque em 30 anos, teria que folhear minha Carteira de Trabalho para poder passar um currículo mais fidedigno.

Só não me lembro de ter estudado em qualquer escola ou Faculdade do Esporte Clube Vitória. Aliás, pelo que me lembro, e ainda não estou senil, jamais obtive qualquer vantagem ou benefício profissional do Esporte Clube Vitória, e muito menos, do Vitória S/A. Minhas emoções ficaram por conta das alegrias e dissabores que o esporte me proporcionou ao longo da vida. E aí, por “culpa” justamente do Bahia, as tristezas foram muito maiores que as alegrias.

Sou profissional, e me respeito. E justamente por esta qualidade, estou assumindo a condição de Assessor de Imprensa do Bahia, mesmo sabendo que numa pesquisa no site www.ecbahia.com.br, tive 271 votos a favor, num universo de mil eleitores. Mesmo que só tivesse um único voto, ainda assim, não recuaria. O mais importante: não aceitei por dinheiro, pelo salário. É claro que quero ganhar, não sou rico e muito menos idiota. Tenho mulher e filhos.

Mas na minha vida nem tudo é, e será, apenas dinheiro. Para o governo de muitos outros torcedores do Bahia, fica aqui a informação, que o salário de funcionário público federal, de Editor de Esportes da Tribuna da Bahia, e de repórter da Rádio Excelsior, juntos, superam a proposta que foi acertada para trabalhar pelo Bahia.

Porque? Pelo orgulho, pela satisfação pessoal, de na função de Assessor de Imprensa do Bahia poder ajudar, e muito, o clube de grande parte dos baianos. Afinal, o Bahia está entre as três maiores torcidas do Brasil e da América do Sul, é o único bicampeão brasileiro do Norte-Nordeste, e com uma história de fazer inveja a muitos outros clubes do futebol brasileiro.

E é justamente isso o que pretendo e vou fazer na Assessoria de Imprensa do Bahia. Lembrar a todos, que o Bahia é uma força, e exige respeito. Não estou indo para o lugar de Darino Sena, a quem respeito e gosto como profissional. Vamos trabalhar juntos na Comunicação Social do Bahia. Não pretendo errar, não trabalho com margem de erro, mas com margem de acerto. Mas, quando errar, aí sim, estarei disposto a ouvir críticas, desabafos e protestos.

Mas, por enquanto, não dou o direito, e muito menos a ousadia, de quererem manchar ou especular sobre a minha honra, minha dignidade profissional.

Respeito, acima de tudo respeito. Está é a minha bandeira pessoal e a que estou levando para dentro do tão querido Bahia.