Três dias após dizer que seguiria no clube mesmo com o rebaixamento para a Série A2 do Campeonato Paulista, o técnico Jorginho deixou a Portuguesa adversária do Bahia nas oitavas de final da Copa do Brasil, a partir da próxima quarta-feira, no Canindé.
O treinador fez o anúncio nesta sexta-feira, após reunião com a diretoria, alegando que não conseguia mais motivar a equipe.
“Como sei que hoje não ajudo mais, decidi sair. Em outro momento posso até voltar para ajudar o clube novamente, o que me deixaria honrado, mas agora não posso mais”, disse.
Ontem, a Portuguesa apresentou ao elenco a volta de Candinho, que vai ser o novo gerente de futebol do clube.
Jorginho, que ficou 14 meses no clube e conquistou a Série B do Brasileiro, elogiou a chegada do ex-técnico. “Fico eternamente grato a todos e sei que deixo a Portuguesa nas mãos de uma pessoa fantástica, que é o Candinho”.
LEIA A ÍNTEGRA DO COMUNICADO DE JORGINHO
“Gostaria de comunicar que, após 14 meses de trabalho intenso, duro, estou me desligando da Portuguesa. Agradeço à torcida, conselheiros, dirigentes, funcionários, além dos atletas por todos os momentos em que estive no clube e também pelo carinho e paciencia que todos tiveram comigo, sempre.
Todos sabem da minha ligação, como atleta e como técnico da Lusa, e é com tristeza que anuncio essa decisão, que já estava madura no início da semana, mas não a coloquei em prática naquele momento porque não tive coragem de negar o pedido do meu presidente.
Porém, pensei melhor e vi que não consigo dar mais a motivação que os jogadores precisam e, pelo bem da Lusa e meu também, não vou comandar mais a equipe. Acredito que no momento o grupo precisa de um outro profissional para dar sequência no trabalho e desejo sucesso à todos. Como sei que hoje não ajudo mais, decidi sair. Em outro momento posso até voltar para ajudar o clube novamente, o que me deixaria honrado, mas agora não posso mais.
Fico eternamente grato a todos e sei que deixo a Portuguesa nas mãos de uma pessoa fantástica, que é o Candinho. Tenho uma gratidão eterna com ele, que me confirmou como titular pela primeira vez na carreira, em 1984. Gostaria muito de estar ao lado dele, mas infelizmente sei que não poderei ajudá-lo. Tenho que pensar no bem do clube e em mim também. Agora vou torcer muito para a Portuguesa e se um dia puder voltar, darei o meu melhor, com certeza”.
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