Lusa vive clima de tensão e protestos da “torcida”

Apesar da goleada por 4 a 0 sobre o Juventude e a classificação às oitavas de final da Copa do Brasil, a Portuguesa –próximo rival do Bahia no torneio nacional caso o Esquadrão de Aço elimine o Remo na próxima quinta, em Pituaçu– enfrenta um clima de turbulência.

Se, por um lado, parte dos não mais do que 719 pagantes que estiveram ontem à noite no Canindé gritaram “A Lusa voltou”, um outro grupo não perdoou a diretoria.

Pedindo “time de primeira”, em alusão ao acesso da equipe à Série A do Campeonato Brasileiro, torcedores gritaram palavras de ordem em relação ao jogo do próximo domingo, quando o time lutará contra o rebaixamento no Paulistão, fora de casa, ante o Linense.

De maneira descontraída, um torcedor protestou contra os recentes resultados da equipe ao vestir uma camisa da “Ibis-Lusa”, brincando com o clube pernambucano apelido de “pior time do mundo” e abandonando o apelido de “Barcelusa” dado ao grupo do técnico Jorginho na reta final da Série B do ano passado, quando foi com folga campeão.

“Faz uns 20 ou 30 dias que não sei o que é dormir. Isso é da profissão, eu não reclamo. Luto pelo clube que eu defendo, para fazer meu melhor e honrar o meu trabalho. É ele que sustenta minha família e me dá prazer de trabalhar. Podem falar isso e aquilo, que não vai dar certo, mas dedicação sempre vai ter”, disse Jorginho nos vestiários do estádio.

Ele admitiu ter recebido proposta de três equipes: Náutico, Atlético-GO e Vitória.

Com 18 pontos no Estadual, a Lusa ocupa a 15ª posição e disputa sua manutenção na Série A-1 com o XV de Piracicaba, 16º com 17 pontos, e com o Botafogo, 17º com 16 pontos.

O clube rubro-verde teve Weverton, Luis Ricardo, Renato, Ivan e Diego Augusto; Wilson Matias (Boquita), Guilherme, Léo Silva e Rodriguinho (Raí); Ananias e Ricardo Jesus (Bruninho).

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