O major da Polícia Militar Ricardo Guimarães é contra a realização do segundo BA-Vi da Série C, no próximo domingo, no estádio da Fonte Nova. Mas as suas argumentações parecem desviar o foco dos verdadeiros problemas que envolvem a segurança desse clássico.
A situação dos dois clubes, realmente, inspira cuidados, mas responsabilizar a estrutura do estádio da Fonte Nova pela confusão do último sábado não parece ser o argumento mais correto. As pessoas que invadiram o gramado e provocaram toda a confusão provavelmente conseguiriam agir da mesma forma em qualquer estádio do mundo.
Confira parte da matéria publicada no Correio da Bahia desta terça-feira: A polícia não quer atritos com ninguém do Bahia, da Sudesb, do governo ou torcedores. Nada disso. Mas é fato que a Fonte Nova precisa de um grande investimento em reformas para voltar a abrigar jogos, afirmou o major Ricardo, ontem à tarde. Reclamamos há muito tempo da estrutura precária, mas nunca havia chegado a este ponto de invasão de campo, continuou. As emendas, desde então, têm sido de retirar o material danificado jogo a jogo.
Ontem ele manteve contatos com diversas pessoas ligadas à segurança. O coronel Mascarenhas, chefe do Comando de Policiamento da Capital, foi uma delas: As pessoas têm que ver que preservamos a vida. Vamos avaliar todas as variáveis com calma, porém não sabemos como serão corrigidos os danos físicos da Fonte Nova, alertou, citando o sem número de pedras forjadas a partir do rompimento da camada de cimento que reveste o concreto de 50 anos de idade do palco que exterminou a graça do Campo da Graça.
Por volta das 19h40 de sábado, quando a delegação do Bahia sequer havia deixado os vestiários, dois peritos do Departamento de Polícia Técnica foram verificar a escala do campo de batalha. Eles avaliaram os danos materiais, os riscos, como as pedras foram arrancadas, etc, explicou Mascarenhas, que anexou o maior número de informações possíveis ao relatório enviado ao Ministério Público, aos cuidados do promotor José Renato Oliva.
O documento busca apontar variáveis e riscos de o Ba-Vi, domingo, acontecer na velha Fonte Nova. Quem consegue medir o que Bamor e Os Imbatíveis podem fazer domingo na complicada situação que seus times estão?, deixou no ar o Major Ricardo. Se quiserem marcar, nos sacrificamos e botamos quantos policiais pedirem. Mas o problema é a parte estrutural do estádio, retrucou Mascarenhas.
De fato, enquanto a ONU exige um policial a cada 250 torcedores (ou qualquer evento com grande aglomeração), nem mesmo o índice de um policial para 70 torcedores (289 PMs para público de 21 mil pessoas) adiantou na insurgência tricolor. O comportamento já no Barradão será mais rígido, de acordo com aquilo que a torcida pediu, finalizou Mascarenhas.
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