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Major da PM não quer embate no Octávio Mangabeira

Notícia
Historico
Publicada em 31 de outubro de 2006 às 01:19 por Da Redação

O major da Polícia Militar Ricardo Guimarães é contra a realização do segundo BA-Vi da Série C, no próximo domingo, no estádio da Fonte Nova. Mas as suas argumentações parecem desviar o foco dos verdadeiros problemas que envolvem a segurança desse clássico.

A situação dos dois clubes, realmente, inspira cuidados, mas responsabilizar a estrutura do estádio da Fonte Nova pela confusão do último sábado não parece ser o argumento mais correto. As pessoas que invadiram o gramado e provocaram toda a confusão provavelmente conseguiriam agir da mesma forma em qualquer estádio do mundo.

Confira parte da matéria publicada no Correio da Bahia desta terça-feira: ““A polícia não quer atritos com ninguém do Bahia, da Sudesb, do governo ou torcedores. Nada disso. Mas é fato que a Fonte Nova precisa de um grande investimento em reformas para voltar a abrigar jogos”, afirmou o major Ricardo, ontem à tarde. “Reclamamos há muito tempo da estrutura precária, mas nunca havia chegado a este ponto de invasão de campo”, continuou. As emendas, desde então, têm sido de retirar o material danificado jogo a jogo.

Ontem ele manteve contatos com diversas pessoas ligadas à segurança. O coronel Mascarenhas, chefe do Comando de Policiamento da Capital, foi uma delas: “As pessoas têm que ver que preservamos a vida. Vamos avaliar todas as variáveis com calma, porém não sabemos como serão corrigidos os danos físicos da Fonte Nova”, alertou, citando o sem número de pedras forjadas a partir do rompimento da camada de cimento que reveste o concreto de 50 anos de idade do palco que exterminou a graça do Campo da Graça.

Por volta das 19h40 de sábado, quando a delegação do Bahia sequer havia deixado os vestiários, dois peritos do Departamento de Polícia Técnica foram verificar a escala do campo de batalha. “Eles avaliaram os danos materiais, os riscos, como as pedras foram arrancadas, etc”, explicou Mascarenhas, que anexou o maior número de informações possíveis ao relatório enviado ao Ministério Público, aos cuidados do promotor José Renato Oliva.

O documento busca apontar variáveis e riscos de o Ba-Vi, domingo, acontecer na velha Fonte Nova. “Quem consegue medir o que Bamor e Os Imbatíveis podem fazer domingo na complicada situação que seus times estão?”, deixou no ar o Major Ricardo. “Se quiserem marcar, nos sacrificamos e botamos quantos policiais pedirem. Mas o problema é a parte estrutural do estádio”, retrucou Mascarenhas.

De fato, enquanto a ONU exige um policial a cada 250 torcedores (ou qualquer evento com grande aglomeração), nem mesmo o índice de um policial para 70 torcedores (289 PMs para público de 21 mil pessoas) adiantou na insurgência tricolor. “O comportamento já no Barradão será mais rígido, de acordo com aquilo que a torcida pediu”, finalizou Mascarenhas.”

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