De Daniel Dórea, no jornal A Tarde desta sexta-feira:
`Como um time que começou o ano cercado de desconfianças já pode ser considerado, após menos de dois meses de futebol no Brasil, a sensação da temporada?
Pois é. A chegada do técnico Paulo Roberto Falcão mudou o rumo dos acontecimentos no Bahia, que aplicou goleadas nas últimas quatro partidas e chegou à marca de 33 gols em 12 jogos (média de 2,75). Levando em conta todos os Estaduais do País, nenhum time alcançou a marca. Quem mais se aproxima é o Figueirense, com 31.
Mas uma análise profunda, tomando como ponto de partida o número elevado de gols, leva a conclusões ainda mais relevantes (veja quadro abaixo). A quantidade de assistências combina com o discurso procoletividade que Falcão sustenta em suas entrevistas. São 28. Ou seja, 85% dos tentos surgem da solidariedade dos garçons.
Aqui todo mundo se entende. Não tem vaidade nenhuma. Por exemplo, em um dos gols do jogo de ontem (quarta-feira, 5 a 1 sobre o Camaçari), Magno deixou de chutar para tocar para Souza, que realmente estava melhor colocado. Falcão fala para sempre procurar a melhor opção, explica Gabriel, que já deu seis passes para gol e é líder de assistências do time.
Outro número pontual diz respeito ao local de onde saem os tentos. Quase todos foram finalizados dentro da área (31, o que dá 94%) e apenas quatro foram originados de bola parada dois pênaltis e dois cruzamentos em cobranças de falta. Assim, prevalecem os gols em jogadas trabalhadas.
Gabriel enumera: O primeiro gol de Souza (no jogo de quarta) saiu em um contra-ataque que Falcão trabalhou um dia antes, com a saída do goleiro e três ou quatro toques na bola. O de Donato foi sobra de uma falta ensaiada. As triangulações nos gols de Júnior e de Magno também são treinadas sempre e a movimentação no segundo de Souza é outra coisa que foi trabalhada nos treinos.
E o garoto faz questão de não diminuir as goleadas por conta da fragilidade dos rivais. Tem que jogar bem, senão não goleia. Tanto que o Vitória tem um bom time e está encontrando dificuldades, argumenta.
Fahel concorda com a opinião do colega e completa: Tá bonito de se ver. A equipe está assimilando bem o que Falcão passa. Ele exige muito da gente nos treinos. Mas também amacia. Foi uma atuação maravilhosa, elogiou o técnico, na coletiva após o 5 a 1 sobre o Camaça.´
GOLS
Dos 33 gols do Bahia na competição (média de 2,75 por jogo), 31 saíram de dentro da área. Confira:
ANATOMIA DOS GOLS
Pé direito – 15 (2 de pênalti)
Cabeça 12
Pé esquerdo – 6
OS ARTILHEIROS
Souza – 11
Júnior – 5
Gabriel – 3
Lulinha – 3
Fahel – 2
Rafael – 2
Ciro – 1
Fabinho – 1
Hélder – 1
Lenine – 1
Magno – 1
Rafael Donato – 1
Titi – 1
ASSISTÊNCIAS
Veja de onde saíram os 28 passes decisivos para tentos do Esquadrão
ANATOMIA DOS PASSES
Pé direito – 18
Pé esquerdo – 6
Cabeça – 3
Peito – 1
AS JOGADAS
Passes curtos rasteiros – 10
Cruzamentos pelo alto – 9
Lançamentos rasteiros – 4
Passes curtos pelo alto – 3
Faltas (cruzamentos) – 2
OS GARÇONS
Gabriel – 6
Coelho – 3
Morais – 3
Fahel – 3
Magno – 2
Júnior – 2
Lulinha – 2
Ciro – 1
Lenine – 1
William Matheus – 1
Hélder – 1
Madson – 1
Souza – 1
Boiadeiro – 1
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