Apesar da crise sem precedentes na história do Bahia, e mesmo após 50 mil torcedores irem às ruas exigindo a saída de toda a diretoria, o ex-presidente tricolor Paulo Virgílio Maracajá Pereira comporta-se como se nada estivesse acontecendo no Alto do Itinga. Em entrevista concedida na noite desta segunda-feira à rádio Metrópole, o “eterno” garantiu não ter influência direta na decisões de Petrônio Barradas, sobretudo quanto à aguardada renúncia do cartola, por se tratar de “assunto de foro íntimo”.
Desde 1973 no clube, à época como diretor de futebol, Maracajá afirmou que não tem do que se afastar, já que é apenas mais um dos 300 conselheiros do Bahia, não ocupando qualquer cargo. “Eu não mando em nada, apenas ajudo”, disse, acrescentando se limitar a participar das reuniões do Conselho Deliberativo e da Assembléia Geral. Antes, enumerou todos os títulos e glórias que o Esquadrão de Aço conquistou quando esteve no comando, de 79 a 94.
Em seguida refutou aqueles que acusam o Conselho ser, em sua maioria, composto por familiares, amigos e empregados dele e de Marcelo Guimarães. “Que controle eu tenho sobre conselheiros como ACM Júnior, ACM Neto, Paulo Souto, César Mata Pires e Nelson Pelegrino?”. Também negou que os títulos patrimoniais não estejam à venda e acusou os sócios de acomodação na eleição do novo Conselho, em janeiro. “Hoje eles são ausêntes, diferente do início dos anos 90, quando havia mais de 10 mil associados em dia”.
E finalizou, repetindo promessas que já fizeram aniversário: “Podem gravar. Sou a favor de eleição direta e reforma urgente e imediata do Estatuto tricolor”.
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