é goleada tricolor na internet
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Marcelo G. Filho e diretor tentam se explicar

Notícia
Historico
Publicada em 2 de junho de 2009 às 19:50 por Da Redação

A intenção pode ser das melhores, mas o resultado final é sempre vexatório. O fato é que o Bahia tem passado vergonha nos últimos tempos por contratar jogadores que, por este ou outro motivo, vão embora sem apresentar futebol à torcida.

O caso mais recente envolveu o meia boliviano Jhasmani Campos, de 20 anos. Com convocações para a seleção de seu país e um vídeo cheio de jogadas vistosas circulando na internet, o gringo encheu a carente torcida tricolor de esperanças.

Mas elas foram frustradas no último sábado, quando Jhasmani retornou à Bolívia. O diretor de futebol Paulo Carneiro explica: “Ele só poderia entrar em campo em agosto, quando se abre a janela para transferências internacionais. Por isso, os investidores desistiram de pagar o empréstimo (no valor de R$ 200 mil) e o Bahia também não teria condições de pagar dois meses de salário para um cara treinar”.

O clube até poderia ter entrado na Justiça, mas aí correria o risco de perder pontos no futuro, pois a liminar garantiria o direito trabalhista, mas não o esportivo. Este só a Fifa pode dar. “Nosso departamento jurídico nos orientou a não correr este risco”, justificou o presidente Marcelo Guimarães Filho.

Um problema semelhante ocorreu há pouco tempo com o Vasco, que conseguiu a liminar para contar com o atacante Aloísio. “A diferença é que ele estava fora do País, mas não tinha mais vínculo com nenhum clube”, esclarece Paulo Carneiro.

O cartola diz que já sabia da situação antes de trazer o atleta para Salvador, mas acreditava que o imbróglio pudesse ter sido resolvida no tribunal. Se os tais investidores pagassem a liberação para o Oriente Petrolero * time que detém os direitos de Jhasmani *, o tricolor não correria risco de perder pontos no tapetão. “Eles haviam prometido, mas recuaram. E o Bahia não teria condição de arcar com o valor”, sentenciou o dirigente. O passe do gringo está estipulado em R$ 8 milhões.

Apesar da perda, Carneiro nega que o clube esteja atrás de um substituto para o boliviano: “Essa foi uma oportunidade que surgiu, pois o futebol é dinâmico. Mas o Bahia não está procurando especificamente um jogador para o lugar dele”.

A boataria já passeia pelo Barradão, que poderia ser o destino de Jhasmani. O diretor de futebol do clube, Raimundo Queiroz, desmente: “Não estou sabendo disso e não precisamos de meias. Temos Ramon, Jackson, Leandro Domingues… enfim, muitos”.

O presidente Marcelinho, principal responsável pelo negócio com o meia, lamenta que não tenha dado certo, mas não descarta a volta de Jhasmani em agosto, se o jogador não tiver acertado com outro time.

Ele fala sobre o vacilo e relembra casos parecidos em 2009. “Jael nós perdemos para o Cruzeiro e acho que ele fez uma escolha equivocada, pois está sumido. Já Fabiano não foi correto, pois acertou tudo com a gente e voltou atrás. Jhasmani foi um problema diferente, mas, sem dinheiro, teremos que nos arriscar. Isso só vai acontecer se o jogador tiver qualidade”, garantiu.

A Tarde

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