Se antes a dificuldade de Marquinhos Santos era encontrar o centroavante ideal para o Tricolor, agora o treinador do Esquadrão terá que se preocupar também com o meio-campo. O fato foi assunto da entrevista do técnico após o treino realizado na Fonte Nova.
Marquinhos lamentou a perda de Talisca, vendido para o Benfica no início do mês, e confessou que tem tido muita dor de cabeça para arranjar um substituto para a posição. Segundo o treinador, Marcos Aurélio pode ser o dono da vaga, mas para o confronto contra o São Paulo o recém chegado não foi regularizado a tempo.
“Ele foi primordial no primeiro semestre, talvez o principal da nossa equipe, ou um dos principais jogadores que souberam aproveitar a transformação tática da equipe. Na ausência dele, com a não regularização dos contratados, e ainda, o não retorno do Lincoln, faz com que tenhamos um pouco mais de cautela”, disse descontente com o fato de também não poder contar com o experiente meio-campista.
Questionado por jornalistas sobre a dificuldade que encontrará na transição entre os setores defensivos e ofensivos, Marquinhos não negou.
“Quem fazia este jogo de transição era Talisca e Lincoln né. Com a ausência deles tivemos que ajustar, fizemos testes, algumas observações, mas mesmo assim a transição ficou lenta. Por isso tivemos que caracterizar um jogo mais compacto. Mas pode ter certeza que amanhã teremos transição, velocidade quando tivermos posse de bola e passaremos para o campo ofensivo com muita força e velocidade”, falou.
Para o jogo contra o São Paulo, o treinador tricolor disse que tentará preencher o meio e jogar com inteligência. “Vamos colocar uma equipe ofensiva, compactada e que jogue com inteligência e com força em cima do São Paulo”, disse.
O técnico ainda falou do sistema tático, das opções para o meio, das contratações e do adversário. Leia mais:
O sistema tático continua ou não?
É uma variação né. Uma das três maneiras táticas que temos que jogar. Demos uma ênfase melhor pelas características do atletas que hoje estão e possam fazer um bom jogo e então recuperar os pontos e a confiança. A partir daí, quem aproveitar melhor dará continuidade e vamos adequar dentro dos três sistemas.
Quem entrará na vaga de Talisca?
Temos testado Emanuel, Branquinho, e agora, o Marcos Aurélio, que é um jogador que se aproxima das caracteristcas do Talisca que joga tanto na armação e apresenta-se bem na área adversária, fazendo gols né. Com isso, começaremos a preparar a equipe pela ausência do Talisca para que a equipe tenha a mesma produção que ocorreu no Campeonato Baiano e também no início do Brasileiro.
Time tem condições de se recuperar?
Tem total condições de se recuperar. Com as contratações pelo primeiro momento dentro do ano temos uma equipe equilibrada. Temos dois a três jogadores com qualidade por posição. Além do Brasileiro, estaremos disputando Copa do Brasil e Sulamericana. Isso se faz necessário. O Bahia contratou bem. Foram contratações pontuais. Não foram em quantidade, mas foram de qualidade. Foram nomes que citamos no início do campeonato. Naquela ocasião não foi possível, mas agora chegaram e agora esperamos fazer com que o Bahia retorne ao que apresentou no início do Brasileiro.
Como jogar contra o São Paulo?
Cautela. Saber se posicionar. Não adianta encaixar a marcação individual, temos que saber preencher o meio. É o setor que tem que ser bem posicionado, pois é o setor que ganha ou perde o jogo. Estamos reposicionando a equipe, reformulando a parte tática para que tenha os cuidados com o São Paulo pois é uma equipe muito qualificada. Não só os que iniciam, mas também os que estão na suplência que podem entrar e serem o diferencial. Já foram apresentados aos jogadores uns vídeos dos amistosos para poder tomar as precauções.
A torcida, punida, fará falta nos jogos na Fonte?
Muita. A torcida do Bahia é o décimo segundo jogador. Foi provado isso no primeiro semestre. Nos momentos mais críticos e difíceis que tivemos na parte técnica, física e tática, a nossa torcida acabou incentivando e levando nossa equipe a empates e até mesmo viradas impressionantes. Sentimos muito porque perdemos pontos antes da parada e aguardávamos esse retorno com jogos em casa para recuperar esses pontos. Não tendo a torcida do nosso lado isso faz muita diferença. O torcedor do Bahia é algo diferente e já demonstrou isso várias vezes. Eu particularmente sinto demais a ausência do nosso torcedor em jogos importantes que muito provavelmente sejam contra Internacional e Goiás, adversário difíceis. Mas esperamos, independente disso fazer um bom jogo e colher resultados que nos tirem dessa situação incômoda.
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