Mas fomos campeões baianos! É o que importa!

Claro, é uma ironia… Jogando novamente mal, como já vem ocorrendo desde antes até das semifinais do Baiano, quando precisou de um gol no “apagar das luzes” contra um time do interior, sem falar nos empates nos Ba-Vis e na derrota “choque de realidade” no jogo de ida para o Grêmio, o Bahia levou 2 a 0 dos gaúchos na noite desta quinta, em Porto Alegre, e viu o sonho de ir pela primeira vez na história às semifinais da Copa do Brasil novamente adiado.

Eliminado sem esboçar qualquer reação, o Tricolor só comprovou que as preocupações de torcida e imprensa em relação ao Campeonato Brasileiro são legítimas, apesar dos três desabafos revoltados –de técnico, goleiro e gestor de futebol– numa única semana.

Na segunda-feira, Lomba disse que os campeões estaduais mereciam ser mais respeitados. Como, se o próprio time (junto sobretudo com a direção) não faz um clube bi-brasileiro voltar a ser respeitado no resto do país? Não vamos nem ficar falando que a conquista era OBRIGAÇÃO, após tanto tempo, estando mais um ano na elite, contra um rival segundão.

Aliás, os discursos do trio deixam nas entrelinhas algo como: “acabamos o jejum de 11 anos que vocês tanto reclamavam e pediam para encerrar … agora, ainda querem falar algo mais?”.

Na véspera do tropeço de hoje, Angioni –amparado pelo presidente Marcelo Guimarães Filho– mandou colocar no site oficial uma nota de repúdio ao jornalista Darino Sena, da Rede Bahia, que escreveu uma coluna alertando sobre os perigos da situação e cobrando reforços.

Será que vai ter uma nova a respeito do pífio desempenho do Esquadrão de Aço?

Frise-se: ser desclassificado pelo Grêmio, maior ganhador do torneio, como Falcão não cansou de repetir na semana passada, reverenciado talvez em demasia o adversário, não tem nada de anormal. O problema é, precisando do resultado, só conseguir dar o primeiro chute a gol aos 38 minutos, e de fora da área. (na ida, eles chegaram a ter 61% de posse em pleno Pituaçu)

O oponente já havia aberto o placar aos 12, com o argentino Miralles, em jogada que aproveitou erro da saída de bola azul, vermelha e branca, entre Lulinha e Magno. O segundo tento aconteceu aos 10 da etapa final, em lance concluído pelo boliviano Marcelo Moreno e em meio a novos –e inúteis– pedidos de impedimento da zaga do Bahia. Confira tudo o que (não) rolou abaixo:

Aos 38 minutos do segundo tempo, o árbitro carioca Pericles Bassols, incrivelmente do quadro da Fifa, terminou de estragar a frustrante noite ao expulsar Hélder, sem motivo. A reclamação foi tanta que Fahel também recebeu cartão vermelho –isso, com a equipe já cheia de atacantes.

Resumindo: a irritante bandinha da torcida incomodou mais o Grêmio que os atletas tricolores.

Pior é que nem a Nação (o sustentáculo do clube, diga-se) passou ilesa no mata-mata decisivo. Na última quinta, não houve 12 mil pagantes em plena semana do título doméstico e sem chover durante o jogo. Agora, mesmo com a vaga encaminhada, os gremistas colocaram 30.721 pagantes no estádio Olímpico, sendo que o ingresso mais barato custou R$ 40.

Com desfalques –já anteriores– como Souza, Morais, Ávine, Madson e Coelho, a escalação azul, vermelha e branca teve Marcelo Lomba, Fabinho, Rafael Donato, Titi e Gerley; Fahel e Hélder; Gabriel, Magno (Zé Roberto) e Lulinha (Júnior); Ciro (Rafael).

No domingo, tem nada menos que o São Paulo, no Morumbi, na volta ao Brasileirão.

Apesar de tudo, BBMP!

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