As vaias de parte da própria torcida ao gol da vitória do Bahia sobre o Camaçari dão a dimensão de quão ruim foi a atuação do Tricolor na noite desta quinta-feira, em Pituaçu. Foi um protesto à atuação medíocre do time no triunfo por 2 a 1.
A exemplo do que vem acontecendo desde o Bavi, o Bahia voltou a atuar mal, mas contou com a inspiração de Marcone, Marcelo e uma mãozinha da arbitragem para sair de campo vitorioso.
Marcone acertou um belíssimo chute de fora da área e, com um golaço, abriu o placar aos 26 minutos do primeiro tempo. Mas aos 45 da etapa inicial, Ermínio bateu no canto esquerdo, Marcelo rebateu, e Sylvestre, livre de marcação, empatou a partida.
Marcelo fez uma sequência extraordinária de defesas aos nove do segundo tempo e segurou o 1 a 1. A igualdade saiu do placar somente aos 37 da etapa final, com Léo Medeiros, convertendo pênalti mal assinalado, porque Richelly, que sofreu a falta, foi derrubado fora da área. Acabou sendo uma compensação, já que, no lance do gol do Camaçari, Ermínio, autor da jogada, estava impedido e a arbitragem ignorou.
Apenas 3.867 pessoas prestigiaram o jogo, para uma renda de R$ 85.320,00, os piores público e arrecadação do Bahia no ano.
Ainda vice-líder do Estadual, com 43 pontos, o Tricolor volta a campo neste domingo, fora de casa, contra o Ipitanga. O Esquadrão continua com quatro pontos e um jogo a menos que o Vitória, que goleou o Poções nesta quinta por 4 a 0.
O jogo
Por causa do desgaste da maratona de jogos e de cartões amarelos, o Bahia entrou em campo sem cinco titulares – Evaldo e Reinaldo, suspensos; Elton, Leandro e Beto, poupados.
Desentrosado, o time não começou bem. Nos primeiros 20 minutos, o único fato positivo para o Tricolor foi o retorno do meia Léo Medeiros. Ele substituiu Ananias, com dores no tornozelo. Léo voltou depois de cinco jogos de ausência por causa de uma lesão muscular e uma inflamação dentária.
A volta de um de seus jogadores mais talentoso não foi suficiente para melhorar a performance do Bahia. Pouco criativo no meio, errando muitos passes e sem inspiração da até então inédita dupla de ataque formada por Alex Terra e Richelly, o Tricolor não incomodava o goleiro Wellington.
Até que, aos 26 minutos, Marcone resolveu esquentar o jogo, em grande estilo. O volante recebeu de Patrício e emendou um chutaço de fora da área. Golaço!
O belo tento, porém, não animou os companheiros de Marcone. O efeito foi inverso. O Camaçari que cresceu na partida. A equipe visitante se organizou e passou a criar boas jogadas ofensivas. Até que uma delas deu resultado, com uma bela colaboração da arbitragem.
Aos 44 minutos, Ermínio recebeu em posição duvidosa, invadiu a área e chutou. Marcelo defendeu, mas, na sobra, livre de marcação, Silvestre mandou para o fundo das redes.
No segundo tempo, o técnico Gallo mexeu no time. No meio, Ávine entrou no lugar de Helton Luiz e, na frente, Cadu substituiu Alex Terra. Mas as mudanças não surtiram efeito.
Esforçado, Cadu até tentou. Ele protagonizou os dois melhores lances do Bahia na etapa final. Primeiro, deu uma cabeçada que passou perto. Depois, exigiu boa intervenção de Wellington. Mas foi pouco, muito pouco.
O Bahia continuou apresentando os mesmos problemas da primeira etapa, recorrentes também nos últimos jogos – falhas de posicionamento, pouca criatividade no meio e baixo poder ofensivo.
O Camaçari se aproveitava do desencontro do adversário e jogava melhor. Aos nove minutos, os visitantes só não viraram o placar porque Marcelo fez uma sequência de duas defesas fantásticas e salvou a pátria tricolor.
Aos 31, a equipe do pólo chegou a ter quatro jogadores contra um defensor do Bahia, num contra-ataque, mas desperdiçou a chance.
O vacilo do Camaça foi castigado. Aos 37 minutos, Richelly foi derrubado no limite da grande área. Pênalti, que Léo Medeiros cobrou e converteu. O lance resultou numa cena rara – insatisfeita com a atuação do Tricolor, parte da própria torcida vaiou o tento que selaria a vitória.
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