Meia destaque do último domingo mantém modéstia

Não pergunte a algum fanático qual a opinião sobre a estréia de Esquerdinha com a camisa tricolor. A menos que você queira ouvir e concordar com a verborragia que em 90 minutos o meia foi melhor que Robert ou Geraldo – para ilustrar os dois últimos casos de sucesso com a número dez azul, vermelha e branca. Acontece que dizer que o veterano de 36 anos agradou parece até lugar-comum – culpa do gol e das duas assistências.

“Foi uma boa estréia, suportei bem os 90 minutos e pude participar do jogo”, limita-se a repetir Esquerdinha desde o apito final. “Pelo Luziânia, vencemos por 2×0. Marquei um e dei o passe para o outro”, justifica, usando exemplo de meses atrás quando era atleta do terceiro colocado do Campeonato Metropolitano 2006, equipe que terminou uma posição à frente do Ceilândia, ex-clube de Mauro Fernandes e pelo qual atuou uma única vez – na partida fora de casa contra o Fortaleza pela Copa do Brasil.

Se o flerte com a torcida do Bahia começou anteontem, com a diretoria houve “olhares” há dois meses e não foi adiante por razão que o próprio protagonista desconhece. “Um empresário comentou sobre a possibilidade de vir, mas depois não falou mais nada”, recorda, hoje, feliz por estar “em um grande clube”. “Sem a cobrança você não vai a lugar nenhum. É melhor jogar em um time de massa, com a pressão da torcida a estar em um time médio e mais organizado”, opina.

Há poucos dias no clube, Esquerdinha só foi apresentado ao lado bom de jogar no Bahia. E brinca dizendo que cabe ao próprio grupo manter o bom ambiente. “Sem união, não há time que ganhe, que vá para frente. O futebol está cheio de exemplos. Temos que tirar proveito da nossa situação”.

Correio da Bahia

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