De Felipe Santana, no site Bahia Notícias:
Em campo o momento do Bahia é preocupante. Contra o Atlético Goianiense, na última rodada do Brasileirão, precisa pontuar para se livrar do rebaixamento. Fora de campo a situação do clube não é das melhores. Nesta quarta-feira (28), o tricolor baiano perdeu mais uma batalha judicial.
Por danos morais e estéticos, além de valores a título de direito de arena e imagem, o Bahia foi derrotado judicialmente e terá que pagar ao volante Thiago Carpini, contratado para temporada de 2009, um valor que deve ultrapassar os R$ 200 mil. A decisão foi da juíza Rita de Cássia Suzart de Freitas, da 38ª Vara do Trabalho de Salvador.
O ex-jogador do Bahia, contratado na gestão de Paulo Carneiro, alega que o clube não o cuidou da forma como deveria, após fraturar o braço esquerdo em um treinamento da pré-temporada.
– Doze dias após ser contratado, sofri uma queda no treino preparativo para o estadual e fraturei o braço esquerdo. Fui operado por Dr. Fábio Costa, médico do Bahia, que me informou que o tempo de recuperação era de 90 dias, mas 15 dias depois me forçaram a voltar aos treinamentos e após 50 dias já estava jogando, mesmo sem condições contou.
Legalmente, o Bahia possui oito dias para recorrer ou tentar o acordo judicial. O vice-presidente jurídico do Bahia, Ademir Ismerin, foi procurado pelo Bahia Notícias para falar sobre o assunto, mas disse não ter conhecimento sobre o resultado da ação.
Médico e ex-gestor comentam
Responsável por realizar a operação do volante Thiago Carpini, o médico especializado em Ortopedia e Traumatologia, Dr. Fábio Costa, comentou sobre a ação judicial movida pelo jogador contra o Bahia e explicou detalhadamente o que aconteceu com o volante naquela época.
Segundo o, hoje, médico do campeão mundial Junior Cigano dos Santos, o que aconteceu com o volante Thiago Carpini, no período pós-cirurgia, pode acontecer com qualquer pessoa, independente da profissão.
– A infecção bacteriana, depois da cirurgia, independe dele ser jogador ou não. Foi uma fratura que teve complicações como qualquer outro paciente. Devido a infecção o osso não conseguiu consolidar no lugar novamente e por isso ele operou a segunda vez. A intenção da segunda intervenção é estimular, com injertos, a consolidação óssea. Eu, na época, não era médico do clube e fiz questão de dar todo suporte e acompanhamento ao jogador, já que minha empresa era apoiadora do clube explicou ao Bahia Notícias.
Sobre a acusação do jogador que, segundo ele, teria voltado antes do previsto por Dr. Fábio Costa, diz desconhecer o assunto.
– Se ele foi forçado a voltar aos gramados eu não sei dizer. Eu posso te dizer que o médico responsável pela primeira operação sou eu. A segunda, inclusive, eu indiquei um especialista competente especializado. Eu sei que, depois da cirurgia que realizei, fiz questão de bancar também a recuperação dele, também a pedido de Paulo Carneiro (gestor na época) contou.
Gestor de futebol do clube em 2009, ano da contratação do volante, Paulo Carneiro foi mais um a afirmar que desconhece o que foi dito por Thiago Carpini, que revelou ter sido obrigado a retornar aos gramados mesmo sem condições de atuar.
– Eu, quando ele fez a segunda operação, já não estava mais lá. Ele seria dispensado, mas devido ao problema no braço, teve que ficar. Foi uma indicação que recebi no início da temporada, por Orlando da Hora, e contratamos. Algumas contratações deram certo e outras não falou ao Bahia Notícias.
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