Por meio de seu perfil no facebook, o grupo de torcedores Nova Ordem Tricolor (NOT) publicou texto de um de seus integrantes com maiores detalhes sobre a polêmica reunião entre Diretoria Executiva e representantes do Conselho Deliberativo que vem agitando a vida política do clube nesta semana.
Leandro Neves, candidato a vice de Marco Costa na última eleição e indicado como representante pela NOT no encontro, cita inclusive a entrevista do vice-presidente tricolor Pedro Henriques publicada em nosso site (identificado erroneamente pelo autor como blog).
Confira a íntegra do texto de Neves:
Diante dos últimos e conturbados acontecimentos políticos ocorridos no âmbito do Esporte Clube Bahia, alguns pontos urgem ser esclarecidos, com o fim de levar à conhecimento da Nação Tricolor a realidade dos fatos.
Inicialmente, fazendo menção expressa à manifestação do subpresidente Pedro Henriques, que me citou, nominalmente, no blog Ecbahia, ratifico, literalmente, quase todos os seus termos, com apenas algumas observações que não podem passar despercebidas.
Ao final da reunião ocorrida no Fazendão na segunda-feira, 15/06/2015, parabenizei a Diretoria pela iniciativa de convocar as lideranças para conversar, antes de tomar decisão sobre temas sensíveis ao clube, inclusive, solicitei que tal expediente viesse a se tornar uma prática corriqueira, com o fito de debater-se com maior fluidez e eficiência assuntos de interesse do clube.
No que tange ao voto à distância, coloquei minha preocupação e posicionamento sobre a legalidade do mesmo, posto que, ao meu sentir, este afronta literalmente o Estatuto do Clube, considerando a sua redação atual.
O Estatuto prevê, expressamente, que, nas Assembleias Gerais, tem direito a voto o sócio presente, o que excluiria a possibilidade do voto à distância, visto que à distância o sócio não estaria presente na Assembleia, mas, tão somente, votando, sem ter participado das discussões atinentes ao tema, ou, até mesmo, garantindo o seu direito de manifestação típico das Assembleias Gerais.
O voto à distância, nos moldes propostos, seria mero referendo do sócio, o que não está contemplado no Estatuto tricolor, considerando sua atual redação.
O subpresidente, a contrário senso, defendeu a possibilidade de implementar imediatamente o voto a distância, considerando que a transmissão simultânea da Assembleia Geral importa, na sua opinião, em participação direta do sócio nesta.
Opiniões divergentes, à parte, entendo que tal procedimento (votação à distância), de sensível interesse aos sócios e ao próprio clube, merece uma discussão mais profunda no âmbito do Conselho Deliberativo e, inclusive, audiência de sócios, antes de ser implementada.
Sem dúvida, a votação à distância é fundamental para fomentar a política de associação, integrar o sócio ao clube e permitir-lhe maior participação na sua vida política. O voto a distância é realidade, não podemos negar, entretanto, precisa de regulamentação clara para que a sua segurança seja garantida.
Registre-se, logo, como já dito anteriormente, tenho total confiança na conduta ética e nas boas intenções do nosso Presidente, Subpresidente e sua equipe, mas o implemento do voto a distância não é decisão que perdurará apenas para essa administração, mas todas as outras que a seguirão e, infelizmente, não podemos garantir que todos os gestores que virão terão o mesmo senso de ética e correção que essa administração, até então, demonstra.
Um regulamento claro e aprovado pelos poderes constituídos do clube para a votação a distância é fundamental para garantir a segurança do processo e, em última análise, a segurança do próprio clube.
Muitos dos que hoje defendem a utilização do voto a distância imediatamente, independente de qualquer regulamentação, seriam radicalmente contra se tal proposta fosse colocada dois anos atrás por outra administração e, sem dúvida, não há quem duvide disso.
O Subpresidente tem toda razão ao afirmar que eu o parabenizei pela convocação, o que ratifico, de igual sorte, tem toda razão ao afirmar que eu questionei acerca da legalidade do processo, carecendo, tão somente, deixar claro, na sua entrevista ao citado blog, que não concordei com seu posicionamento e, ainda, sugeri que fosse feita regulamentação, inclusive, com proposta a ser apresentada pela Presidência.
Na minha opinião, o que gerou um grande desencontro de informações, foi a notícia de que o modelo proposto havia sido APROVADO pelos representantes ali presentes, o que causou grande desconforto ao Conselho Deliberativo, considerando que tal discussão nãohavia ainda sido travada no âmbito do colegiado.
De fato, não houve qualquer aprovação, mas sim a exposição e debate de ideias, que seriam discutidas com os lideres nas suas bases, facilitando, posteriormente, a aprovação do tema pelo Conselho Deliberativo, se fosse o caso.
Desencontro de informações à parte, entendo que o diálogo é sempre a melhor forma de solucionar os conflitos. Agressões, incitações à torcida, induzindo à desmoralização de quaisquer dos sujeitos participantes da vida política do clube não contribui em absolutamente nada ao enfrentamento das questões relevantes e modernização do nosso clube.
Por mais diálogo, mais união e coesão, sempre, por um Bahia mais forte.
Leandro Neves
NOVA ORDEM TRICOLOR
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