Apesar de já termos divulgado alguns trechos, segue a íntegra da entrevista que o presidente Marcelo Guimarães concedeu a um jornal de Salvador. Ela foi publicada na última segunda-feira e, como possui um conteúdo sensacional, achamos por bem dividi-la. Imperdível:
“Marcelo Guimarães é empresário das áreas de segurança e alimentação, ex-deputado estadual, ex-dirigente do Clube Itapagipe e presidente do Bahia desde o final de 97, quando o clube atravessava uma fase dificílima. O Tricolor devia R$ 10 milhões e, como hoje, estava na Segunda Divisão.
No ano seguinte, ele participou da criação do Bahia S/A, o primeiro clube-empresa do país. É conselheiro há 20 anos e se diz torcedor deste 1959, quando o time foi campeão da Taça Brasil.
Marcelo foi preparado por Paulo Maracajá para ser seu sucessor no início dos anos 90, mas o senador Antonio Carlos Magalhães, que tem influência na política do clube, achou que aquele não era o momento e deixou a vaga para Francisco Pernet e depois Antônio Pithon.
Otimista, antes do jogo de domingo, Guimarães falou com exclusividade para A Tarde Esporte Clube sobre a modernização que afirma ter promovido no clube, e pediu aos leitores tricolores mais tempo e compreensão para o Departamento de Futebol mostrar melhores resultados.
O rebaixamento ameaça mudar seus planos.
A TARDE E.C. – Que momento é este que o Bahia está vivendo?
Marcelo Guimarães – Estamos sob pressão. Olho para trás e fico magoado com alguns torcedores que esquecem rapidamente o passado. Infelizmente em 2002 o Bahia não foi bem no Brasileiro, e este ano, foi pior ainda.
O que levou o Bahia a esta situação?
Uma série de fatores. A nossa gestão de futebol era ultrapassada, arcaica mesmo, e não dava as respostas necessárias. Foi aí que dissolvemos o Departamento de Futebol e hoje o Bahia está modernizado. Infelizmente, já era tarde demais para a atual temporada. Foi em abril e o Brasileiro já estava em andamento. Só contratei mais três atletas.”
NOTA DO AUTOR
Em primeiro lugar, é realmente uma pena que a torcida esqueça de forma tão acelerada o passado. Caso contrário, certamente estaria ainda bem mais revoltada. Em segundo lugar, como pedir tempo se o cartola já está no cargo há nada menos que SEIS anos? Se a diretoria de futebol “era” arcaica, a culpa, portanto, é dele. Modernização? Certo…
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