No evento que marcou o acordo do clube para voltar a atuar na Fonte Nova, o presidente Marcelo Guimarães Filho concedeu entrevista à edição desta quarta-feira do jornal A Tarde. Confira:
Que vantagens o Bahia e sua torcida terão na nova Fonte?
A nova praça esportiva será de primeiro mundo.Além disso, o Bahia terá participação direta no lucro. Contratamos uma empresa para analisar a viabilidade financeira dessa parceria. Só depois disso iremos assinar o contrato. Há uma cláusula de confidenciabilidade que não me permite divulgar nenhum tipo de valor. Mas uma coisa é certa: prejuízo nós não teremos.
E quanto ao ingresso? A média na nova Arena será de R$ 39, acima do valor pago em Pituaçu (em média R$ 20). O torcedor não vai bradar?
Não tem motivo. Afinal, o valor arredondado de R$40 não é caro. É preciso entender que os custos para se fazer futebol atualmente são muito altos. Além disso, há de se destacar tudo o será oferecido no estádio.Atorcida do Bahia é fiel e não abandonará o clube.
Seria importante que o Vitória também entrasse em acordo para atuar na Arena Fonte Nova?
Como seria voltar a dividir um estádio com o rival? Se eu fosse pensar apenas pela rivalidade, seria bom atuar sozinho na Fonte. Porém, pensando na situação como negócio, que é o que temos de fazer, seria importante eles também jogarem lá. Haveria um bom incremento de renda, o que traria bons frutos a todos. Nós, porém, estamos saindo na frente com a ação que acontece hoje (ontem).
Por falar em torcida: você acabou não sendo reeleito deputado federal. Apesar do bom momento do time, a torcida tricolor lhe ignorou?
De jeito nenhum. Democracia é assim. Nunca fiz campanha pensando nos votos do torcedor do Bahia. Não usei o clube. Tive bom número de votos (61.760), que dariam até para encher a velha Fonte Nova, mas não deu. E confesso: se fosse para me eleger ou ver o Bahia na elite, eu escolheria o acesso.
Então, podemos afirmar que, agora, o presidente estará voltado somente para o clube?
Não vou deixar a política. Porém, já que não vou precisar ir à Brasília, terei mais tempo para o Bahia. No entanto, é bom ressaltar que, mesmo distante (de terça à quinta estava em Brasília) reservava tempo suficiente. E as ações já começaram: assinei o memorando hoje (ontem) e, depois do acesso à Série A, vamos anunciar o novo CT.
Mas e a reforma do estatuto? Que tantos torcedores cobram e, inclusive, foi uma promessa de governo sua…
Não nego, prometi isso mesmo e vou cumprir até o final de meu mandato em 2011. O grande problema é: ocorreu uma assembleia geral dos sócios, onde votamos um texto principal e suas emendas. Porém, depois disso, um grupo de sócios torcedores entrou com uma ação na Justiça para anular essa assembleia. E está subjúdice. Eu não posso fazer nada enquanto a ação não for julgada ou retirada.
A oposição do clube (César Oliveira, Edmilson Gouveia e Fernando Jorge) planeja uma intervenção no Bahia, colocando como interventor Reub Celestino. Ainda asseguram que tem, em mãos, documentos que comprovam irregularidades entre a parceira Bahia e Banco Opportunity. Segundo eles, os papéis já estão com a promotora do Ministério Público Rita Tourinho….
Peraê. Isso ai só se for para dar risada. Não vejo nenhuma possibilidade disso acontecer. Já é coisa batida. A mesma discussão já foi assunto na Justiça e não deu em nada. As pessoas que perderam tem que se contentar.Ou elas nos ajudam a fazer a reforma do estatuto ou esperam a próxima eleição. Não adianta espernear, chorar.. Fico me divertindo com essas atitudes e sigo trabalhando.
E em relação ao novo CT. Como anda a situação do projeto?
Está praticamente pronto, aproximadamente 90% concluído. Vamos apresentar um plano diretor assim que acabar a Série B. O equipamento (em Dias DÁvila, a 40 km de Salvador, de 300.000 m²) será auto-sustentável. A OAS comprará o Fazendão e, em contrapartida, fará o novo CT, com direito a oito campos, academia, hotelaria e departamentos do clube devidamente setorizados.
O retorno à Série A poderá mudar muito a perspectiva de arrecadação do clube?
Sem dúvida. Só do Clube dos 13 poderemos ter R$ 18 milhões a mais em 2011. Iríamos de 300 mil para 1,8 milhão mensais.
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