A suposta incompatibilidade de Paulo Maracajá no Tribunal de Contas dos Municípios vem sendo apurada pelo Ministério Público Estadual. Em dezembro passado, a promotora Rita Tourinho aproveitou a investigação sobre a formação do Bahia S/A para solicitar que o eterno presidente se manifestasse a respeito de sua situação quando do acerto da parceria com o Banco Opportunity.
A resposta veio no dia 13 de janeiro de 2007, em ofício com o timbre do TCM. Nossa participação limita-se exclusivamente, como integrante do Conselho do Bahia, na condição de membro nato, por ter exercido a presidência do clube, à homologação da proposta formulada pela diretoria, sem que a deliberação adotada se tenha constituído em função do nosso voto, escreveu.
Mas a averiguação continua, garante Rita, que tem colhido novos indícios e provas para tentar caracterizar a ilegalidade de Maracajá. A guerra só está começando, afirma o advogado César Oliveira, procurador do oposicionista Edmilson Gouveia o Pinto no processo que denuncia o contrato do Basa.
Segundo ele, o chefe do MP baiano, procurador-geral Lidivaldo Britto, teria prometido não deixar o caso por isso mesmo.
STJ Oliveira conta ainda que levará duas representações contra o dirigente, depois de amanhã, ao Superior Tribunal de Justiça. Trata-se da Corte competente para julgar conselheiros dos Tribunais de Contas espalhados pelo País, cargo equiparado ao de desembargador.
Estaremos viajando para Brasília nesta madrugada de terça, ao lado de Pinto, Jorge da Bamor e o promotor Júlio Travessa, que foi aluno da doutora Eliana Calmon, explicou, referindo-se à ministra que está à frente das operações da Polícia Federal, Navalha e Octopus. Nesta, um dos acusados é justamente o ex-presidente do Esquadrão Marcelo Guimarães, dono de empresas de segurança citadas na máfia das licitações.
O advogado acrescenta que já tem audiência marcada no STJ, onde vai reiterar que Maracajá fez parte do contrato criminoso com o Opportunity, além de possuir um flagrante desvio de função. Resta à torcida azul, vermelha e branca acompanhar o desfecho de todas essas batalhas judiciais.
Matéria publicada originalmente, por esse mesmo autor, na edição desta segunda-feira 04/06/2007 do suplemento A Tarde Esporte Clube
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