Não é exagero da imprensa, tampouco terrorismo dos colegas rubro-negros. Pela primeira vez em dois anos de Série C, o Bahia corre sério risco de não se classificar na competição.
Nem na insuficiente campanha do ano passado o panorama chegou a ser tão crítico. Pelo contrário, aliás. Em 2006, o tricolor avançou fase após fase tranqüilamente, sem maiores sustos, até chegar ao octogonal final.
Quem precisou superar uma série de adversidades, na verdade, foi justamente o arqui-rival. Mas em novembro deu tudo certo e o Vitória está hoje lutando para subir à elite do futebol nacional.
A primeira agonia, pelas bandas do Barradão, aconteceu logo na etapa inicial. A derrota em Madre de Deus para o lanterninha Ipitanga, enquanto o Bahia se garantia, por antecipação, no outro grupo da Terceirona, custou o cargo do técnico Fito Neves.
Para o time se classificar, na última rodada, foi preciso vencer o concorrente sergipano Pirambu, na Toca do Leão. Índio e Bida trataram de trazer o alívio à torcida.
Na segunda etapa, ocorreu talvez o maior estresse enfrentado pela diretoria vermelha e preta. Depois de enfiar 3 a 0, na estréia, contra o Porto, em Caruaru, o rubro-negro perdeu em casa para Confiança/SE e Ferroviário/CE.
A galera protestou ainda no intervalo, ameaçando invadir a parte interna do clube. Pressionados, os jogadores reagiram e vingaram ambos os tropeços dentro da casa dos adversários. De novo, ufa!
No terceiro quadrangular, os 3 a 2 sofridos para a Tuna Luso, em Belém, somados ao empate em Salvador, com o Treze da Paraíba, derrubaram o treinador Ferreira. A equipe só embalou com a chegada de Mauro Fernandes.
Contudo, até mesmo no octogonal o acesso ganhou ares de um filme de suspense. O Vitória chegou a passar três confrontos sem somar ponto, inclusive levando 2 a 1 do Bahia, no Barradão.
Cresceu a cornetagem de torcedores, aumentaram o tamanho dos problemas na mídia e a desconfiança quase reinou na Toca. Pois tudo se acabou com cinco triunfos consecutivos, três deles como visitante. Vaga carimbada.
RESPOSTA E o Bahia nem precisa de tanto. Confira, no link abaixo, todas as projeções possíveis para o time após o jogo no Rio Grande do Norte.
Apesar das dificuldades, especialmente porque o ABC tem 100% de aproveitamento no Estádio Frasqueirão, o técnico Arturzinho se mostra bastante esperançoso. Na derrota para o Rio Branco, faltou equilíbrio emocional. Mas o torcedor pode confiar neste grupo. Tenho certeza de que ele dará a resposta em Natal, disse anteontem, ainda na Arena da Floresta.
Matéria publicada originalmente, por esse mesmo autor, na edição desta terça-feira 02/10/2007 do suplemento A Tarde Esporte Clube
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