Não bastasse a desmoralização sofrida no Barradão, o técnico Hélio dos Anjos tem pela frente mais um grande problema: escalar o Bahia para o jogo de domingo, diante do Camaçariense, na Fonte Nova. A verdadeira “missão” vai precisar se sobrepor a três suspensões, várias contusões, jogador que foi embora e atleta não tem clima para atuar. Improvisar será inevitável e especular os onze que entrarão em campo chega a ser quase impossível.
Além da provável mudança no gol, com a saída do “perseguido” Márcio para o retorno de Emerson, o treinador sabe que são três os desfalques certos por cartão. Mas pior do que não contar de antemão com o lateral-direito Paulinho, o volante Fernando Miguel e meia Luís Alberto, é olhar para um departamento médico lotado. Mesmo recheado de ex-juniores, o elenco tricolor se encontra absolutamente reduzido.
Em primeiro lugar, não há laterais para a esquerda. Índio segue machucado e o criticado Bruno, titular no 6 a 2, acertou com a Ponte Preta. Caso utilize o também canhoto Cícero no setor, Hélio ficará com o meio-campo vazio: Neto já vem sendo deslocado na zaga (suprindo as ausências de Leonardo, Reginaldo, Fernandão e até o jovem Santana, todos em recuperação), jogando ao lado de Allyson, enquanto Glauciano continua no estaleiro, acompanhado do polivalente Ari. Só restaria o garoto Magno.
Possíveis alternativas seriam completar o quadrado com os armadores reservas Ernane e Elias, juntando-se a Guaru, entretanto a equipe ficaria demasiadamente aberta, com a marcação muito fragilizada. Os inúmeros pontos de interrogação apenas não existem no ataque, que permanece ao menos livre de empecilhos com Dill e Viola. Vale ainda ressaltar que o jovem Marcos Vinícius, que poderia preencher a ala direita, entrou na “fogueira” durante o humilhante BA-Vi, sentiu uma lesão muscular e é outra dúvida.
Dos Anjos, definitivamente, terá de quebrar a cabeçar para conseguir colocar um conturbadíssimo Esquadrão de Aço em campo. Isso sem falar em administrar o abalo emocional do grupo após a goleada…
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