O Ministério Público do Estado da Bahia prova dar atenção às denúncias contra o vice-presidente do Tribunal de Contas do Município, Paulo Virgílio Maracajá Pereira. A assessoria do órgão divulgou nota informando a instauração de inquérito civil para investigar possível atividade administrativa do conselheiro no E.C. Bahia, em paralelo à sua função pública.
O procedimento seria afronta direta ao Inciso II do artigo 22 da lei orgânica do TCM, que diz ser vedado ao conselheiro exercer cargo técnico ou de direção de sociedade civil, associação ou fundação de qualquer natureza ou finalidade, salvo de associação de classe, sem remuneração. O assunto foi abordado na edição do último dia 12 do Correio da Bahia.
O conselheiro se defendeu no dia seguinte. Vou responder a tudo o que me for perguntado. Mas tudo o que eu faço é como ex-presidente e conselheiro de um clube que está vindo da terceira divisão. Devo muito ao Bahia. Fui vereador, deputado estadual e sou conselheiro do TCM com a ajuda da torcida. Tenho a obrigação, como torcedor, de ajudar, garantiu.
Cinco autores da representação serão ouvidos em 3 de julho. Responsável pelo caso, o procurador geral de justiça adjunto, Carlos Frederico Brito, já requisitou atas das reuniões realizadas entre 2003 e 2007 pelo Clube dos 13. Ofício com o pedido de cópia da entrevista concedida por Maracajá, dia 9 de junho, já chegou à Rádio Transamérica.
Segundo o procurador do MP, novos atos investigatórios estão em pauta e o conselheiro será ouvido no decorrer do processo. Os promotores Paulo Gomes e Rita Tourinho foram nomeados para trabalhar como assistentes na investigação.
Correio da Bahia
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