Em mais uma entrevista coletiva cheia de realismo e, ao mesmo tempo, com discurso para o Bahia jogar como grande que é, agredindo os adversários, ao gosto do torcedor, o técnico Jorginho deu o tom da preparação tricolor para o jogo contra o Vasco, neste domingo, às 18h30, no estádio de São Januário. Confira tudo o que ele disse no início da noite desta sexta-feira:
VASCO INCONSTANTE, CONTRA UM BAHIA SUBINDO. VANTAGEM?
“Não, mesmo porque nós temos que entender que isso pode vir a acontecer conosco também, então nós temos que nos preparar, temos que não dar chance a isso. Então, não estamos contentes com o que está acontecendo, nós queremos mais, nós exigimos mais isso, para que possamos ter mais poder de fogo e sair desse sufoco, porque ainda estamos muito apertados. A água tá batendo no pescoço aqui, quase nos afogando, então nós temos que sair disso, e o elenco tem que ser forte para isso. É o que eles tão sendo. Dedicados, lutando, trabalhando muito, para que a gente possa sair desse sufoco”.
QUAL A EXPECTATIVA? O QUE ESPERA DO JOGO?
“Olha, nós temos que fazer um bom jogo. Hoje, nós estamos mais na necessidade do que o Vasco. o Vasco hoje tá tranquilo, tá lá na frente, tá sossegado. Nós, não. nós estamos com a corda no pescoço. Então, nós temos que dedicar muito, com muito afinco, com muita perseverança, porque nós precisamos desse resultado e nós vamos lutar com unhas e dentes para isso. É possível? É, agora também pode não ser. Mas nós vamos lutar para isso, se dedicar, porque estamos precisando mais do que o Vasco”.
TEM PROJEÇÃO DE PONTOS PARA EXCURSÃO, FORA, CONTRA VASCO E SPORT?
“O ideal seriam os seis pontos. Infelizmente, o futebol não é uma ciência exata, mas nós vamos lutar para isso, precisamos disso e nós vamos nos dedicar para isso, porque se nós conseguirmos isso, seria ótimo. O que não dá é para vir sem nenhum ponto, isso daí é muito ruim, não podemos fazer isso de hipótese alguma”.
EM 2011, BAHIA “CAMPEÃO CARIOCA”. AGORA, SUCESSO ANTE PAULISTAS. POR QUE?
“Cara, não tem uma explicação, por isso que o futebol é maravilhoso, empolgante, todo mundo fica alucinado, isso é um doença, né. Depois que cai no sangue, vira uma doença. Incurável. Não tem como explicar. Muitas vezes você ganha de um, perde de outro. Teve uma época que eu joguei contra um time que eu não conseguia ganhar dele de jeito nenhum, mas de jeito nenhum. Aí, de repente, nós jogamos contra, quando eu tava auxiliando o Oswaldo, nós atropelamos eles. Então, quer dizer, é uma coisa que não tem como explicar, infelizmente, mas traz coisa boa que é matéria para vocês, da imprensa, trabalhar com isso. E trabalhar com coisa boa. Isso é legal”.
POR QUE TANTOS ERROS DE FINALIZAÇÃO? TODOS TÉCNICOS RECLAMARAM ISSO AQUI…
“Não, não é o Bahia, não. O futebol brasileiro carece de finalizar. Isso é em todo o país. A cobrança que há embaixo (na divisão de base) para que você ganhe uma competição é muito grande, então você precisa fazer com que os atletas, desde baixo, se acostumem a fazer isso, mas aí não pode muito porque estraga o campo, são muitos atletas, o tempo é escasso, porque você tem que treinar outras coisas para poder disputar uma competição… E não pode perder, porque, se ele perde, é mandado embora. Então, tudo isso faz com que o atleta chegue em cima sem esse treino básico, isso é o básico.
Em muitos, isso não é nato. O Romário, do jeito que ele tá parado, se ele voltar e fizer uns treinos ali, você vai ver que ele tem facilidade para fazer gol. Tem atletas que não têm. Ele tem que treinar, treinar, treinar para poder conseguir fazer gol e, assim mesmo, ele vai fazer gols muito difíceis e alguns gol fáceis ele vai perder, porque não é da natureza dele. Então, só o treino para melhrorar isso. Mas isso tem que ser desde baixo, coisa que no Brasil é muito difícil de acontecer. O (Leandro) Damião teve um treinamento específico para isso. No Inter, tem um menino que treina especificamente isso, para você ver como ele melhorou bastante. É importante isso desde baixo”.
SEM GABRIEL, LULINHA DE NOVO, MANCINI OU OUTRO?
“Nós temos até amanhã (sábado) para decidir, mas ainda não temos uma certeza. O fato do garoto ficar fora… É quase unânime que realmente o menino, no momento, ele tem um poder de criatividade muito bom, um poder de jogar bem, então isso é lógico que facilita muito para nós, mas nós temos que tentar ir colocando os outros para que possa dar uma condição. Alguém vai ter que entrar no lugar dele. Agora, nós temos que continuar com a mesma insistência de jogar sempre pra frente, indiferente de quem jogue.
É que o Atlético-MG, por incrível que pareça, foi o time que mais nos marcou. O Santos e o São paulo jogaram e nos deixaram jogar, por isso que nós tivemos muitas condições. Por isso, contra o Atlético, ficou um jogo truncado, com poucas oportunidades. No finalzinho, quando nós ficamos muito desfigurados, é que o Atlético teve um pouquinho mais de chances, mas, fora disso, os dois times começaram com a mesma característica. Por isso que o Atlético tá na frente. Por isso que hoje o Bahia não tá numa situação melhor, porque se viesse assim desde o começo não estaria uma situação dessa”.
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