Em contato com a imprensa do Rio Grande do Sul, terra do adversário desta quinta-feira, o técnico Paulo Roberto Falcão falou sobre a rivalidade envolvendo os maiores clubes daquele Estado, já que é um dos maiores ídolos da história do Internacional. A entrevista aconteceu durante o programa “Hoje nos Esportes”, da Rádio Gaúcha, no final da tarde desta quarta.
“A Copa do Brasil é um tipo de jogo diferente. Se fizermos uma boa apresentação, temos chance de passar. Encarar o Grêmio é normal. Não tem nenhuma diferença, a não ser pelo respeito da tradição. É um dos adversários mais difíceis no caminho do título junto com São Paulo e Palmeiras. Vi Grêmio x Fortaleza e o diferencial foi a marcação ofensiva do time do Luxemburgo. O Fortaleza se assustou com a pressão. Respeitamos o Grêmio, mas queremos fazer história. O jogo aéreo não é a única arma do nosso time, mas ela será explorada. Como temos jogadores com bom potencial nesse atributo, temos que usar”, disse o comandante do Bahia.
Pelo Inter, Falcão se sagrou pentacampeão estadual. Detalhe: em todos os anos, o Grêmio ficou com o vice. De quebra, faturou os Brasileirões de 1975, 1976 e 1979, este invicto.
Ele ainda falou sobre a conquista de domingo, no estádio de Pituaçu.
“O título baiano era o sonho de todos os torcedores e da direção. Um grito muito mais forte veio das arquibancadas. Eu fiquei impressionado com isso. Bateu muito forte no torcedor. Mas eu quero tentar ir longe na Copa do Brasil. Já conversei com os jogadores e a vitória no Estadual ficou no passado. Meu objetivo é chegar na semifinal”, afirmou.
As duas expulsões de Falcão nas finais chamaram a atenção dos gaúchos.
“Em nenhum momento, eu ofendo o juiz. O jogo tem muita adrenalina. Meu desentendimento com o árbitro, contra o Vitória, na ida, ocorreu porque eles fizeram muitas faltas. Foram oito cartões amarelos. Em um lance de contra-ataque, acabei questionando quando ele daria cartão vermelho e ele me expulsou. Não tive problema com a questão do colete. O trio me pediu pra vestir um colete e eu falei que se o Ricardo Silva (técnico do Vitória) colocasse também, não teria problema”, explicou, referindo-se à primeira expulsão.
Em seguida, falou sobre o cartão vermelho na finalíssima.
“No segundo jogo, nós fizemos o segundo gol e todo o time do vitória foi em cima do juiz. Pedi para o Titi (zagueiro e capitão, ex-Inter) ouvir a pressão no árbitro. No segundo tempo, o árbitro marcou um pênalti e eu discordei. Esse tipo de pênalti não pode ser dado. Se fosse dado sempre, justo. Se o critério é o mesmo, marca-se sempre. Me irritou e foi um gol importantíssimo. Não acho que esse tipo de situação vá se repetir. Vou tentar entender os erros de arbitragem. O mais importante é ganhar o jogo”, encerrou, bem-humorado.
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