Desde 12 de dezembro do ano passado,quando assumiu a presidência, Marcelo Guimarães Filho tem trazido antigos adversários para próximo de si e das decisões do tricolor. Além da contratação do ex-presidente do rival, Paulo Carneiro, se aproximou de opositores das administrações anteriores, incluindo a de seu pai. Por isso, os protestos contra a diretoria parecem menores que em outrosmomentos conturbados como o atual.
O jornalista Nestor Mendes Júnior, por exemplo, está analisando convite para assumir o comando do marketing, da comunicação e do quadro social do clube. A primeira exigência para aceitar o convite é a mudança do estatuto que deve acontecer no próximo dia 15. Eu acho que a eleição direta para presidente é que vai definir se o clube quer abrir para os sócios. Os sinais estão indicando que a direção está querendo essa abertura. E nossa intenção sempre foi acabar com essa estrutura de ter um grupo que seja dono do Bahia.
Ivan Carvalho, presidente da Associação Bahia Livre, também justifica que a mudança de postura aconteceu devido à abertura do tricolor. Segundo ele, nunca a torcida teve tanta voz no clube como agora. Ivan acredita que não exista mais nenhum grupo que tenha ficado apenas como oposição por não concordar com os nomes que estão no comando. E acha que o presidente tem o apoio de todo o conselho.
Marcelinho está conseguindo aprovar coisas boas e não estou vendo resistência. Podem ter alguma coisa pontual contra, como também tenho porque a intenção dele é grande, mas ainda fez pouca coisa. Existe uma dupla força no Conselho. Tem a parte de Marcelo (Guimarães) e a de (Paulo) Maracajá, mas, pelo que tenho visto, o grupo de Maracajá não tem feito nada para atrapalhar.
Procurado pela reportagem de A Tarde, o ex-presidente Paulo Maracajá reforçou a decisão de se afastar completamente do Bahia, evitando dar qualquer pronunciamento que pudesse ser confundido com interferência ou crítica ao trabalho da atual diretoria. Ele garante que acompanha o tricolor apenas como torcedor.
Leandro Silva, A Tarde
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