No Galo, conselheiros pedem a saída do presidente

De Thiago Nogueira, no UOL Esporte (lá, é diferente):

“Em reunião ordinária realizada na manha desta sexta-feira, membros de comissões estatutárias do Conselho Deliberativo do Atlético-MG pediram ao presidente do órgão, João Baptista Ardizoni, para que o presidente do clube, Ziza Valadares, se licencie do cargo.

Os conselheiros pediram, também, o afastamento do assessor especial da presidência, Hissa Elias Moysés, e de Alexandre Faria do cargo de diretor de futebol. Os dois são os encarregados, na atual diretoria, pelas contratações de jogadores.

Ardizoni informou que acatará o pedido dos conselheiros. “Vamos sugerir o afastamento do Ziza. Se ele não atender, vamos discutir isso dentro do Conselho”, observou o presidente do Conselho Deliberativo do Atlético.

No caso do diretor de futebol, Alexandre Faria, ele ficaria afastado das decisões sobre contratações de atletas e voltaria a assumir o cargo de assessor de assuntos internacionais do clube.

De acordo com a assessoria de imprensa do Atlético, Ziza Valadares já sabe da iniciativa dos conselheiros. Ele aguarda a formalização do pedido de licenciamento, que será discutido em reunião extraordinária do Conselho Deliberativo, para tomar uma decisão.

Depois de comandar o futebol do clube na campanha do título da Série B do Brasileiro de 2006, Ziza Valadares foi eleito, no final desse mesmo ano, presidente do Atlético, com votos dos membros do Conselho Deliberativo, para o triênio 2007/2009. Apesar de ser o alvo principal de protestos recentes de torcedores, o dirigente descartou renunciar ao cargo.

Com a derrota para o Botafogo na quarta-feira passada, por 4 a 0, o Atlético entrou na zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro e piorou ainda mais a campanha ruim no ano em que comemora 100 anos de fundação. O time alvinegro perdeu o Campeonato Mineiro para o rival Cruzeiro e foi eliminado da Copa do Brasil.

Para complicar, o Atlético enfrenta grave crise financeira, cuja dívida ultrapassa os R$ 200 milhões. Sem contratar reforços de peso, o time não consegue render dentro de campo e já se vê ameaçado de ser rebaixado à Série B (segunda divisão) do Brasileiro, como ocorreu em 2005.”