Em uma partida de pouquíssima inspiração, o Bahia sofreu, mas venceu o Atlético de Alagoinhas, de virada, por 2 a 1, na tarde deste domingo, na Fonte Nova. Foi a estréia de ambos os clubes no Campeonato Baiano 2003.
Com seis desfalques, o Tricolor mostrava-se apático, dando espaço para os contra-ataques do adversário. E foi justamente assim que o time do interior, para surpresa geral, abriu o placar logo aos 10 minutos do primeiro tempo.
A jogada começou com o lateral Mica, que chegou bem à linha de fundo e cruzou para Alex. Aproveitando-se do sol que atrapalhava o goleiro Emerson, o atacante cabeceou para o fundo das redes.
O Atlético continuou assustando, com o veterano Naldinho (ídolo do Bahia na década de 90) infernizando a defesa tricolor. O baixinho levava sempre a melhor no duelo contra o grandalhão Valdomiro, criando algumas boas oportunidades para o “Carcará”. Inclusive, quando ele foi substituído, no final do jogo, a Nação Tricolor o aplaudiu.
Mas era o Esquadrão de Aço quem criava os lances de maior perigo. Aos 31 minutos, o meia Danilo realizou uma bela cobrança de falta, só que a bola acabou esbarrando na trave do ângulo superior esquerdo do goleiro Tigre. (Vale a pena ressaltar que ao invés do tiro de livre direto, o árbitro deveria ter assinalado penalidade máxima, já que a falta que originiu esta jogada ocorreu dentro da área)
Nos instantes finais do primeiro tempo, o time do técnico Candinho ainda perdeu boas oportunidades de marcar aos 42 e 45 minutos. No primeiro lance, Luís Alberto bateu forte, o goleiro salvou com os pés e, na sobra, Bebeto Campos mandou a bola no poste direito. Em seguida, Chiquinho cruzou para Nonato quase marcar.
No segundo tempo, o Bahia voltou com uma alteração: o estreante Cláudio deu lugar ao jovem Nilson. A expectativa era que a equipe voltasse com tudo em busca do gol, mas, novamente, as previsões foram frustradas. Os alagoinheses é quem começaram em cima.
Aos 7, por muito pouco o Atlético não aumentou sua vantagem. Jânio soltou uma bomba da entrada da área, Emerson espalmou. Naldinho pegou o rebote e cruzou na medida para Alex, sem goleiro, mandar por sobre o gol tricolor.
Cinco minutos depois, pênalti para o Bahia. Danilo cobrou escanteio e Luís Alberto foi derrubado dentro da área. O próprio Luís Alberto bateu para a defesa fácil de Tigre. Na realidade, ele atrasou para o goleiro. Impressionante, a impressão que se tinha era que hoje não era o dia Esquadrão de Aço. No contra-ataque puxado por Naldinho, Alex perdeu uma nova chance de cabeça.
Com o orgulho ferido, o Bahia partiu para cima. A entrada de Marcelo Nicácio no lugar de Danilo, aos 25, também ajudou a melhorar a performance da equipe.
O Bahia continuou buscando o gol de empate. Minutos depois, Nilson desperdiçou uma oportunidade surpreendente, cara-a-cara com Tigre, pegando mal na bola no momento do chute.
Até que, aos 33, depois de uma cobrança de escanteio, Neto tentou marcar de cabeça, mas quem colocou para dentro foi o defensor do Atlético. Resultado: 1 a 1.
Empolgado, o Tricolor conseguiu a virada quatro minutos depois, quando Fabiano desceu em velocidade pela direita e cruzou. O goleiro alagoinhense praticou a defesa parcial e a bola terminou sobrou nos pés de Nilson, que desta vez nao perdoou, apenas rolando para o fundo das redes; dando números finais à partida.
Na próxima quarta-feira, dia 29, o Esquadrão enfrenta a Catuense, às 20h30min, na cidade de Catu.
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