Marçal Justen Neto (torcedor do Atlético-PR e um dos editores do site Furacao.com, também membro da ClubesNET) escreveu um pouco sobre as passagens do novo treinador do Bahia, Oswaldo Alvarez, pela Arena da Baixada. Confira:
“Vadão chegou ao Atlético em 1999, para a disputa do Campeonato Brasileiro. Chegou com certa desconfiança da torcida. No currículo, a sempre lembrada passagem pelo famoso Mogi Mirim de Rivaldo, Válber e Leto (o inovador “Carrossel Caipira”). Porém, já haviam se passado alguns anos daquele time e Vadão ainda havia ficado restrito ao futebol do interior paulista.
A expectativa era de que ele pudesse armar o Atlético no esquema 3-5-2, que na época era pouquíssimo utilizado no país. Aliás, havia um mito de que, no Brasil, apenas Vadão era capaz de armar com sucesso uma equipe jogando dessa forma, com líbero. O Atlético fez uma boa campanha no Brasileiro e Vadão foi beneficiado pela ótima safra de jogadores: Alberto, Gustavo, Adriano, Kelly, Lucas, Kléber e, de quebra, Kleberson na reserva.
Porém, o time decepcionou no último jogo da primeira fase e perdeu a classificação entre os oito depois de uma derrota para o rebaixado Botafogo de Ribeirão Preto. Ainda assim, o Atlético se recuperou e conquistou a Seletiva da Libertadores. Vadão foi importante na armação da equipe, conseguindo formar um time ofensivo sem sacrificar nenhum atleta importante.
No ano seguinte, ele foi ainda melhor: o Atlético conquistou o Campeonato Paranaense e fez uma brilhante campanha na Libertadores. Deixou o clube no meio do ano seduzido por uma proposta do Corinthians. Voltou ao Atlético no início de 2003, mas sua passagem foi bem mais apagada.
Durante nove meses, o clube não conseguiu obter sequer uma vitória fora de casa! Vadão investiu em jogadores errados, como os veteranos Capone e Leomar. Sua insistência com alguns atletas custou pontos preciosos para o Furacão.
Porém, não se pode negar que se trata de um treinador que conhece muito da parte tática do futebol. Além disso, tem na memória a formação de praticamente todos os principais times do país e se dedica a estudá-los.
Outro grande mérito está na revelação de jogadores. Foi ele quem apostou em Kleberson, em 99 e lançou Fernandinho, autor do gol do título do Mundial Sub-20.”
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