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Novo treinador comenta: “Situação não é tão ruim”

Notícia
Historico
Publicada em 14 de dezembro de 2006 às 15:21 por Da Redação

Uma semana não é tempo para qualquer profissional mostrar trabalho. Muito menos ser avaliado. Por outro lado, o prazo serviu para Arturzinho, hoje entrando no oitavo dia como treinador do Bahia, aliviar-se com uma constatação: a realidade do clube pode não ser boa, como ele já supunha, porém está distante de ser tão ruim como lhe contavam.

“Pelo que falavam e pelo que via nas reportagens, sinceramente, achei que a estrutura estaria muito pior”, confessa Arturzinho. Sala de musculação, concentração e refeitório não tiveram notas máximas, mas foram aprovados. Diferente dos dois campos de treinamento usados pelo elenco profissional, com avaliação regular. “Diria que estão bons. O ideal era termos ao menos um em nível excelente. Acho possível, talvez não em janeiro, mas um pouco para a frente”, completa.

Por telefone, do Rio de Janeiro, pois só retorna a Salvador em 26 de dezembro, dia da reapresentação, o profissional reforça acreditar em construir um bom trabalho. “Eu vim consciente de tudo que iria encontrar; dificuldades, problemas. Mas a torcida do Bahia, a tradição e o peso da camisa podem superar tudo. A vida lhe propõe situações a cada dia e cabe a você fazer do limão uma limonada”, brinca, sabendo da grande responsabilidade que tem em evitar que a mistura azede.

Da capital carioca, ele deverá trazer um preparador de goleiros e um auxiliar técnico. “Ainda não confirmo porque eles não fecharam com o Bahia. Além disto, primeiro penso em definir tudo em Salvador, onde mantenho contato com Petrônio Barradas (presidente), Ruy Accioly (vice de futebol), Renato Brás (gerente) e Roberto Passos (supervisor)”, enumera Arturzinho, que tem como homem de confiança Dudu Fontes, preparador físico.

Sobre reforços, o treinador diz que a demora em oficializar nomes se deve à atual situação financeira. “Nosso momento não permite custos elevados. Fora que, qualquer jogador que se julga qualificado quer tentar a Série A ou B”, avalia.

Para diminuir a margem de erro e ainda conciliar qualidade com baixo salário, a alternativa será buscar jogadores capacitados e que não estão na mídia, como Maricá, ex-lateral-direito do Vasco e com passagem pelo Brasiliense. “Não sei se ele virá, mas o tipo é este. São jogadores experientes, nos quais poderemos recuperar a motivação e que podem ver o Bahia como um trampolim para o futuro”, metaforiza.

Itabaiana – A primeira rodada da Copa do Brasil colocou o Itabaiana-SE como adversário tricolor. O mais fácil entre os baianos, que terão ainda Baraúnas-RN x Vitória e Colo-Colo x Atlético-MG. “A primeira fase pode ser menos complicada, mas depois afunila logo. Não podemos achar que vai ser fácil, senão já começaremos errado”, alerta.

Neste ponto, a última experiência no Vitória lhe soa como lição. A equipe acabara de cair para a Série C, eliminou Imperatriz-MA, Santa Cruz e caiu frente ao Cruzeiro, estes dois clubes que jogaram a Série A. “Se não me engano, só três atletas tinham jogado no Mineirão. A folha pode não ser alta, mas tem que haver experiência em jogos complicados”, finaliza, esperando que a trajetória no Bahia comece com triunfos. Só assim acredita poder ter tranqüilidade para colocar o clube no caminho outra vez.

Correio da Bahia

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