Na véspera da estreia, o ecbahia.com pede licença para fazer uma propaganda: vá ao cinema, torcedor tricolor. Quem é Baêa, sem exagero, tem obrigação de comparecer. Avise ao seu amigo mais relaxado, ao familiar que vive no mundo da lua e sobretudo à galera que não tem costume de frequentar as telonas. Motivo? A equipe do diretor Marcio Cavalcante não só fez uma bela homenagem à Nação e colocou o clube no rol dos pouquíssimos times de futebol com um longa-metragem no currículo, como entrou de maneira definitiva para a própria História do Bahia.
E isso tudo numa produção independente, sem amparo de verba pública –via leis de incentivo– ou qualquer ligação com a diretoria da equipe. Confira abaixo dois belos textos sobre o aguardadíssimo “Bahêa Minha Vida”, que entrevistou 120 pessoas, percorreu sete cidades e transformou centenas de horas de gravação em 90 minutos de pura emoção sobre o Esquadrão.
Antes de ir para São Paulo, Rio e outras cidades, a película será lançada nesta sexta nos cinemas dos shoppings Iguatemi, Paralela, Barra, Salvador, Norte e Aeroclube; além do Glauber Rocha (Espaço Unibanco), Cine XIV (Pelourinho) e Feira de Santana e Vitória da Conquista.
`O VERDADEIRO FILME DA SUA VIDA
De Marcos Carneiro, para o blog “Bora Bahêêêa Minha Porra”, parceiro do ecbahia.com
Um dos sentimentos mais complexos do ser humano é o amor. Ele é guarda-chuva para diversos outros, inclusive alguns contraditórios como tristeza e alegria ou raiva e paixão. Algo do tipo às vezes te odeio por quase um segundo, depois te amo mais, como diria o poeta.
O começo da projeção do Bahêa, minha vida! é reservado para falar sobre futebol, uma das grandes paixões nacionais, porém, engana-se quem pensa que depois o filme vai falar sobre o Bahia na verdade ele vai falar é sobre amor. Não amor estilo Romeu e Julieta, falo de algo muito mais intenso, com mais entrega, mais paixão, mais tristeza, mais dor, mais comemoração, mais alegria, mais irracionalidade.
Na fantástica cena do bar, no reencontro dos heróis de 59, você percebe um amor fraternal, singelo, que te faz sorrir, se arrepiar. Quando o filho fala sobre seu pai, você entende melhor o que é amor paterno e eterno. Quando um torcedor pobre coloca o Bahia acima de sua fome, você percebe como ele é nobre. Quando Zé Carlos se declara, você volta no tempo, volta a ser menino e chora igual a um. Quando Lourinho se emociona ao ver seu ídolo na Fonte, você chora junto, por compartilhar do mesmo sentimento. Durante mais de 90 minutos você se vê na tela, vê a sua história, relembra seus piores e melhores momentos ao lado de quem você ama.
Alguns filmes te envolvem a ponto de fazer você se imaginar naquela situação mostrada, te transportam para dentro da tela. Já o filme do Bahêa não. Ele não pode te arrastar pra dentro da telona, pelo simples fato de que você já está lá dentro. Sempre esteve. O filme é feito por você que tem sangue tricolor, que veste o manto, que canta o hino, que lota o estádio, que torce, que ama. Eu já consigo imaginar a nação se arrepiando, rindo, cantando e chorando junto em cada sessão.
É engraçado como os coadjuvantes aqui são alçados a protagonistas, pois, apesar de terem cenas históricas do clube, não é simplesmente um filme sobre o Bahia, é sim um filme sobre o amor inexplicável que a torcida do Bahêa tem pelo azul, pelo vermelho e pelo branco. É a verdadeira trilogia das cores, onde a alegria é azul, a loucura é branca e a paixão é vermelha.
E o melhor de tudo é que, quando os créditos acabam, quando a luz acende, quando você sai da sala, a história não termina. O que acaba é a projeção, mas a história prossegue. Não da mesma forma, não mesmo. Mesmo que o filme não consiga explica a razão de tanto amor, ele consegue te fazer amar ainda mais, por te recordar de onde nasceu tanta paixão. É uma sensação indescritível!
É, definitivamente, a história da sua vida. É imperdível, assim como o Bahia é quando estamos em vibração. É o amor na sua forma mais pura escorrendo pelos seus olhos. É o Baêa! Te amo, pra sempre.
Bora Baêa, Minha Paixão!`
`BAHÊA, A VIDA DE TODOS
De Gabriel Gonçalves, do Globoesporte.com
Bahêa Minha Vida pode ser descrito de duas formas. Na teoria, é um documentário, dirigido por Márcio Cavalcante, que mostra a relação entre o Esporte Clube Bahia e sua torcida. Na prática, é uma história de amor, contada pelas várias partes envolvidas: jogadores, ex-jogadores, torcedores famosos e anônimos -, historiadores, pesquisadores e jornalistas.
O documentário começa com a relação que o brasileiro tem com o futebol e, a partir daí, faz o recorte do Bahia. Através de depoimentos de torcedores, ex-jogadores e jornalistas, a história do tricolor é contada brevemente, partindo de sua fundação. Apesar de a parte histórica ser irrepreensível, não há como negar que o tesouro escondido no filme, e objeto da maior parte da obra, é a imersão feita na torcida do Bahia.
Mais do que histórias dos torcedores, o que se vê em Bahêa Minha Vida são histórias de vida de pessoas apaixonadas pelo clube. O filme até tenta, em vão, buscar depoimentos que expliquem a relação que o torcedor tem com o Bahia, mas, como já era previsto, não consegue encontrar o motivo. E isto só aumenta a carga emocional da produção. Em determinado trecho, o ex-goleiro Renê acerta na mosca:
– Peço até desculpas por chamar a torcida do Bahia de “torcida”, porque deveriam inventar outro nome para aquilo – diz o arqueiro.
Independente do time do coração do telespectador, a película promete emocionar, já que o que se vê na tela são reproduções do que há de melhor no comportamento humano. Assista Bahêa, Minha Vida sem medo. Não importa para qual time você torça. Não importa nem se você gosta de futebol, pois o que está em questão aqui é algo maior.`
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