Bahia, campeão baiano de 2012. Dono –disparado– da melhor campanha geral, com nove pontos a mais na primeira fase, o time soube fazer valer o regulamento e saiu de Pituaço com o troféu mais representativo da atual realidade do futebol baiano. Uh elevador!
O Tricolor levantou seu 44º Estadual, segue vivo na Copa do Brasil e, no próximo final de semana, será o único representante do Estado na Primeira divisão do Brasileirão.
Parabéns ao rival, bi-vice.
Festa em Salvador, festa na Bahia, festa no Brasil! Dia das mães foi mais tricolor que nunca!!!
BORA BAHHEEEEEAAAAA!!!!!
A matéria abaixo é do Bahia Notícias, já que todos aqui saímos para comemorar rs
“Há exatamente 3.650 dias, o Esporte Clube Bahia comemorava o título de Campeão do Nordeste de 2002. O tempo e os adversários foram grandes inimigos durante o passar dos anos, transformados em um jejum angustiante. Uma década de espera e sofrimento. Queda para Série C, desabamento de parte da Fonte Nova, retorno à elite do futebol brasileiro e à volta a uma competição continental. Tudo se tornou ingrediente para receita do bolo da festa tricolor.
Até que neste domingo, dia 13 de maio de 2012, curiosamente dia das mães como aquele, o Tricolor baiano pôde sentir pela 44ª vez o gosto de levantar o troféu de Campeão Baiano ao empatar com o Vitória por 3 a 3, em Pituaçu. A coroação de uma bela campanha para ninguém botar defeito.
Foram 17 triunfos, seis empates e três derrotas. Sobram motivos e energia para comemorar. Afinal, dez anos sem títulos não são dez dias. No entanto, falta tempo. Quinta-feira (17), às 21h, o Bahia inicia contra o Grêmio a disputa por uma vaga nas semifinais da Copa do Brasil. O primeiro jogo será em Pituaçu, e mais uma vez deve contar com a presença dos 32.215 fanáticos tricolores.
Há quase um mês sem jogar, tudo isso por causa de um edema na coxa, o atacante Marquinhos foi uma das surpresas da escalação do Vitória. Tartá foi recuado para atuar como quarto homem de criação. Geovanni foi para o banco. Mesmo lugar de Gabriel Paulista, que não reconquistou o lugar na defesa. No Bahia, Paulo Roberto Falcão acabou deixando Morais como opção para o decorrer da partida e o esquema tático com três volantes: Diones, Fahel e Hélder.
Início eletrizante
O jogo começou nervoso. Mas, quatro minutos foram o suficiente para que o Vitória trocasse de endereço o destino do troféu estadual. Victor Ramos teve liberdade de avançar e levantou na área. Neto Baiano ganhou de Rafael Donato e testou para abrir o placar. Marcelo Lomba ficou parado, só olhando a bola tocar no fundo da rede.
A vantagem do Bahia em jogar pelo empate não durou quase nada. Aliás, o mesmo tempo em que o rubro-negro esteve com ela. Quatro minutos para lá, quatro para cá. Aos 8, Gabriel cobrou falta no segundo pau. Lá estava Fahel, sem qualquer marcação. O volante dominou e soltou uma bomba em cima de Douglas, que não conseguiu segurar. Tudo igual em Pituaçu.
O clássico não poderia ter começado melhor. Dois gols em menos de dez minutos. Aos 12, Pedro Ken bateu o escanteio e a zaga do Bahia cortou errado. Tartá pegou a sobra e mandou uma bomba, por cima da meta. Não era repetição. Aos 17, Marquinhos cobrou o escanteio no segundo pau, onde estava Pedro Ken. O meia cabeceou para o meio e Titi tirou fraco demais. De primeira, mas de direita, Neto Baiano encheu o pé e a bola pegou em cheio no poste. Por muito pouco o Leão não ficou, mais uma vez, na frente do placar.
Chances para os dois lados
Neste momento do clássico, o Vitória precisava vencer. A formação do Bahia ajudava. Os três volantes (Fahel, Hélder e Diones) preocupavam-se apenas na marcação, o que dificultava o abastecimento do ataque. O esquema utilizado por Ricardo Silva era semelhante. O diferencial era Pedro Ken, que sempre aparecia como opção pelo lado direito.
O Bahia, que até então se preocupava mais na marcação, quase virou aos 33 minutos. Fahel apareceu como homem surpresa, pelo lado direito, e cruzou rasteiro. Lulinha finalizou de letra e Douglas espalmou para escanteio.
Faltava tempo para respirar. O goleiro do Vitória tirou de soco a cobrança feita por Gabriel e ligou o contra-ataque imediatamente. No mano a mano com Hélder, Marquinhos ganhou na velocidade e bateu de esquerda. O camisa 10 do Bahia se recuperou a tempo e travou o chute, no carrinho. E foi na mesma estratégia de jogo, usando do contra-ataque que Lulinha perdeu a melhor oportunidade da primeira etapa. Pouco depois da metade do campo, o atacante driblou Victor Ramos da jogada e disparou sem ninguém pela frente. O camisa 11 tentou tirar do goleiro Douglas, mas o chute saiu pela linha de fundo.
Confusão e virada do Bahia
Já no final do primeiro tempo, a história do primeiro tento tricolor se repetiu. Desta vez, só mudou o protagonista. Sai Fahel e entra Gabriel. O destaque do tricolor no primeiro semestre cobrou falta na grande área e ninguém cortou até a bola chegar lentamente ao fundo do gol. Os jogadores do Vitória partiram para cima do árbitro Luiz Seneme e pediram falta no goleiro Douglas, que segundo eles teria sido deslocado por Titi, mas as imagens provaram que não.
A polêmica estava criada e o primeiro tempo encerrado. Os dois gols marcados pelo tricolor quebravam uma sequência de cinco partidas consecutivas sem balançar por ao menos duas vezes a rede adversária no mesmo jogo.
Dinei entra e vira o jogo
Ricardo Silva mudou o intervalo. Tirou Marquinhos, que saiu devendo muito, e colocou Dinei. Mais um homem de área. No entanto, foi o Bahia que quase ampliou o marcador, com menos de um minuto. Gabriel puxou o contra-ataque e deixou para Madson. O lateral direito engrenou toda velocidade e cruzou. Victor Ramos não cortou certo e Souza ficou com a bola. O Caveirão dominou, olhou e chutou na trave.
Dois minutos foram o suficiente para o tricolor chegar mais uma vez. Hélder arriscou de fora, mas sem muito perigo. O Vitória precisava vence e por isso deu espaços.
Aos 8, mais uma polêmica. Wellington Saci cobrou o escanteio e Seneme viu pênalti de Diones em Rodrigo. Neto Baiano na bola. O maior artilheiro do Brasil na temporada não só igualou ao recorde de Claudio Adão como maior artilheiro da história do estadual, como recolocou o Vitória na briga pelo título.
Apesar do tento marcado, o rubro-negro precisava de mais para levantar o caneco. O Bahia teve a chance de ficar à frente do placar, mas Douglas evitou. Aos 11, Gabriel cobrou falta e, de cabeça, Rafael Donato exigiu uma brilhante defesa do arqueiro do Leão.
Mas a alteração feita por Ricardo Silva no intervalo surtiu feito pouco depois. No minuto seguinte, Pedro Ken puxou o contra-ataque pela esquerda e viu Dinei, do outro lado, livre. O meia cruzou e o camisa 18, de peixinho, virou. Vitória 3 a 2 Bahia. Pela segunda vez, o troféu estaria em direção ao Manoel Barradas.
Bahia empata e Lomba salva
Falcão demorou, mas mudou. Tirou Fahel, que já tinha amarelo, e botou Morais. Alteração para dar mais criatividade ao time que nesse momento só precisava de mais um gol. O tento de empate saiu aos 26, sempre pela jogada aérea. Rafael Donato desviou a cobrança de falta feita por Gabriel e Douglas deu rebote. De bico, quase sem ângulo, o volante Diones empurrou para o fundo do gol. Mais um empate em Pituaçu e o título no Fazendão.
Aos 28, quase o quarto. Morais lançou Gabriel. O camisa 8 disparou pela direita e cruzou rasteiro para Souza. Antes do centroavante, Victor Ramos deu carrinho e jogou para escanteio. Da mesma forma que o primeiro clássico, o treinador Paulo Roberto Falcão reclamou da arbitragem e foi expulso. O Bahia fez a última mudança. Vander entrou no lugar de Gabriel para dar mais velocidade aos contra-ataques.
Aos 34, Hélder saiu do campo de defesa e foi levanto até intermediária adversária. De lá, o volante lançou Souza, que demorou demais no chute e perdeu a bola. Três minutos depois, o Caveirão não desistiu do lance e rolou para Hélder. O camisa 10 invadiu a grande área e chutou cruzado. Se toca, Vander estava sozinho esperando o passe na frente do gol. Era lá e cá. Mas, ainda faltava um grande personagem da história.
Em dois lances, o goleiro Marcelo Lomba evitou o pior. Aos 39, Geovanni cruzou e Victor Ramos testou para grande defesa do camisa 1. No rebote, Donato botou para escanteio. A cobrança exigiu de novo de Lomba. O cruzamento parou nos pés de Rodrigo Mancha, que ficou de frente para o crime. O volante encheu o pé e o arqueiro tricolor operou um milagre.
Vander e Uelliton se estranharam, aos 42, e foram expulsos. Dez para cada lado e poucos minutos para o Vitória buscar o quarto gol, que levaria ao título. Seneme deu mais quatro de acréscimos. No primeiro minuto além do tempo regulamentar, Pedro Ken aproveitou o vacilo de Gerley e ficou sozinho. O meia pegou embaixo da bola e isolou.
Aos 47, Souza agrediu Gabriel Paulista e foi expulso. Neto Baiano, que já estava substituído tentou acelerar a saída do adversário e também recebeu o cartão vermelho, junto com o goleiro reserva tricolor Omar.
FIM DE JOGO E BAHIA CAMPEÃO. APOTEOSE EM PITUAÇU.
Não foram poucos os que choraram de alegria.
Clique aqui e saiba tudo sobre o Campeonato Baiano 2012
comentários
Aviso: Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do ecbahia.com.
É vetada a inserção de comentários que violem a lei, a moral, os bons costumes ou direitos de terceiros.
O ecbahia.com poderá retirar, sem prévia notificação, comentários postados que não respeitem os critérios
impostos neste aviso ou que estejam fora do tema proposto.