De Jiovani Soeiro, para o Portal da Revista Placar:
Desde que estreou no time profissional, ano passado, Omar em ação no gol do Bahia é sempre pelo mesmo motivo: contusão ou deficiência técnica do titular. Desde então, foram 12 partidas e 11 gols sofridos. O suficiente para o goleiro de 21 anos e 1,95m conquistar a confiança e o carinho da Nação Tricolor. Hoje, depois do afastamento do ex-vascaíno Tiago (que levou 13 gols em sete jogos pelo Baianão), Omar quer se firmar na posição e entrar de vez para a história do clube que ama.
A coisa mais linda é ver o estádio de Pituaçu lotado e cantando o hino do clube. Tento retribuir tanto carinho com trabalho e amor à camisa do Esquadrão, frisa o goleiro que voltou ao gol do Tricolor baiano nesta quarta-feira, no empate sem gols contra o São Domingos, pela Copa do Brasil.
Apoio da comissão técnica é o que não falta. Antes de entrar em campo o Chiquinho (de Assis) e o Ricardo Palmeira (preparador de goleiros) me chamaram e passaram toda a confiança no meu trabalho. Isso é determinante para uma boa atuação, garantiu.
A frieza, característica principal do arqueiro, é fruto de inspiração em um jogador revelado no arquirrival Vitória. O meu ídolo é o Dida pela tranquilidade que ele transmite aos companheiros de time. Sempre achei ele incrível.
Trajetória
Até chegar ao posto de xodó da torcida do Bahia, Omar passou por dificuldades diversas. Ele confirma, inclusive, que chegou a abandonar o futebol, mas por insistência da mãe/empresária, Elisa Maria Constante, continuou a fazer o que mais gosta desde criança. Em 2007, às vésperas da Copa São Paulo, fui dispensado do Londrina (que tinha jogadores como Sandro, ex-Inter e hoje no Tottenham-ING, e Alan, ex-Fluminense e hoje no Salzbug-RUS). Daí fui ajudar minha mãe em Trancoso, no Sul da Bahia.
Foi lá que ele viveu o período mais difícil da trajetória como atleta de futebol. Vendi queijo coalho na praia durante um tempo até que minha mãe conseguiu o contato do Newton Motta, famoso por revelar jogadores. Foi ele que me deu a oportunidade de voltar a jogar bola. Joguei com ele no Itaúna e no Cruzeiro, antes de vir para o Bahia, detalha Omar, depois de lembrar que também passou por clubes como Santos e São Paulo e foi dispensado por Palmeiras e Corinthians.
As dificuldades foram superadas aos poucos e Omar hoje é cercado de cuidados no Tricolor de Salvador. Ainda não ganha salário dos mais altos (menos de R$ 10 mil), mas tem contrato até 2013 e é tratado como uma joia no Fazendão. No próximo domingo, ele jogará o primeiro BaVi como profissional. Nos juniores, Omar defendeu o Bahia em duas oportunidades contra o Vitória. Empatou uma e ganhou outra. Estou invicto. Quero manter os números a meu favor também no time de cima, torce.
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