A publicação do borderô do empate de 2 a 2 entre Bahia e Fast, sábado passado, em Itacoatiara, trouxe com ele um grande mistério. Se a capacidade do acanhado Estádio Floro de Mendonça é realmente de 5 mil espectadores, conforme imprensa, clube e federação amazonenses garantem, algo está errado nesta história: ou houve evasão de renda ou o campo não tem porte para sediar partidas sequer de Terceira Divisão.
De acordo com o documento, o jogo registrou um público total de 2.721 pagantes, que proporcionaram, cada um pagando dez reais, a arrecação de R$ 27.210,00. Assim, baseando-nos nas imagens das câmeras de TVs, que mostraram muita gente em pé e até mesmo em cima de “lajes” do lado de fora do “Florão”, humildemente indagamos: onde colocar mais 2.279 pessoas lá?
Diz o regulamento da competição, em seu artigo 28, que “todos os estadios deverão obedecer às normas de segurança e higiene exigidas pela legislação (municipal, estadual e federal) e pela CBF”. No parágrafo único, determina-se que Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e Vigilância Sanitária precisam emitir laudos verificando as condições do local.
O artigo 29, entretanto, abre o precedente: “A capacidade mínima dos estádios, para a fase final, será de 10 mil torcedores sentados”. E então, como ainda estamos na penúltima, a Confederação deu o aval e o Bahia terminou saindo do interior do Amazonas inconformado com o que encontrou.
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