Para a oposição, o distrato com o Banco Opportunity reserva armadilhas que podem piorar a situação do clube.
Em caso de descumprimento do acordo, a Ligafutebol poderia voltar a escolher os integrantes da diretoria. Além disso, o repasse limita-se às ações ordinárias. As ações preferenciais do tipo B, que dariam direito ao clube de procurar um novo investidor, permanecerão em mãos do banco, até janeiro de 2023. As informações constam no balanço emitido pela Ligafutebol S/A.
Em março deste ano, quando a diretoria tricolor iniciou negociações para a compra das ações, o vice-presidente jurídico Ademir Ismerim afirmou que a intenção do clube é pagar parte da dívida (cerca de 40 milhões de reais) através da Timemania, loteria aprovada pelo Congresso Nacional no mês passado.
Mas os oposicionistas Edmilson Gouveia, o Pinto, e Marcos Verhine, da Associação Bahia Livre, alertam que, com a Timemania, o Bahia não poderá atrasar durante 15 anos, o pagamento mensal das dívidas com a União, hábito que não é mantido. Quanto ao ato da obtenção das ações, cada sócio do clube, em pessoa física, passa a se comprometer como devedor.
O economista Marcos Verhine acredita que, se o distrato for aprovado, o Bahia passará a gerir uma dívida que não geria, e vai sobrar menos dinheiro para investir no time de futebol. Para Pinto, o maior problema é que as ações recolocariam o Bahia nas mãos das mesmas pessoas que o endividaram.
A Tarde (Adaptado)
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