Nesta quinta-feira, na página A3 do jornal A Tarde, o jornalista Nestor Mendes Jr. divulgou um texto crítico sobre a gestão do presidente do Bahia, Marcelo Guimarães Filho. A coluna, com título “Antes que a Inês morra…”, fala sobre os feitos de MGF, a campanha no Brasileirão, a contratação do técnico Joel Santana e a eleição de 2012, que considera imoral e ilegal. Ele já chegou a concorrer ao pleito tricolor. Leia o artigo na íntegra:
Antes que a Inês Morra
Nestor Mendes Jr.
jornalista, bacharel em Direito
[email protected]
“Existem coisas que precisam ser ditas antes que elas aconteçam. Porque, depois, a Inês é morta… Ou então você é obrigado a ouvir do presidente do Bahia que todo mundo achou tudo muito bom quando o time venceu neste Brasileirão.
Vou dizer agora, para não ter que ficar calado depois. O Bahia jogou muito bem como não jogava há 10 anos na vitória contra o Fluminense, no primeiro turno, no Engenhão, por 1 X 0. Este, de longe, é o melhor jogo do Bahia neste século XXI. E só.
Os jogos que o Bahia ganhou, em sua maioria, foram obra do acaso. Contra o Avaí e São Paulo, por exemplo, feitos do Espírito Santo de chuteiras.
Aliás, como pode jogar bem um time que tem cinco volantes? E como pode sofrer gols tão ridículos, como os que toma, de fora da área? Não existe nenhum esquema tático no time do treinador. Não é um ferrolho à suíça, nem à italiana, nem a nada.
Joel Santana nunca deveria ter voltado para o Bahia. Em primeiro lugar, porque é um embuste. Em segundo, desdenhou do clube ao dizer que não queria as sardinhas, mas os tubarões.
Joel é mais uma das peripécias do presidente do Bahia, Marcelo Guimarães Filho, que está às voltas com o fim do seu mandato sem ganhar nada. É verdade: levou o Bahia de volta à Séria A, mas, também, o seu grupo quem o tirou de lá, enfiando-o, durante sete anos, nas Séries B e C.
O presidente termina o seu primeiro mandato sem nenhuma grande marca. Sim, porque a troca do Fazendão é de interesse do mercado imobiliário. A decisão pelo novo CT é da OAS, não do Bahia. Lamentavelmente teremos, agora em dezembro, uma nova eleição no Bahia, que será, mais uma vez, imoral e ilegal, já que na última limpeza étnica foram removidos 58 nomes do Conselho Deliberativo.
Enquanto isso, nos preparemos para 2012: um novo time, um novo carregamento de pernas-de-pau, um novo treinador, uma nova desculpa, um novo pedido de paciência à torcida. Enquanto o Bahia não mudar, não se profissionalizar, e não se tornar democrático e transparente, viveremos disso, de crise em crise, em crônica hemoptise a cada temporada.”
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