O clima do BA-Vi estava muito ameno, calmo demais para a véspera do maior clássico do Norte-Nordeste do País. O gelo parece ter sido quebrado ontem. Em entrevista a um programa de televisão, o artilheiro Nonato disparou contra o zagueiro Marcelo Heleno, dizendo que não gosta do rival “nem como pessoa, nem como jogador”.
A justificativa: na primeira partida da final do Nordestão de 2002, o defensor do Vitória-BA o teria cuspido e agredido num lance sem bola, além de, depois, ter pisado no meia Preto, lance que lhe rendeu um cartão vermelho.
“O que fiquei realmente chateado foi que após a partida ele não veio pedir desculpas, porque sei que essas coisas são do jogo, que ele poderia estar de cabeça quente e tudo. Fica mais difícil ainda quando somos do mesmo local, o Pará, e não existiu cordialidade. Ele foi desequilibrado naquele momento e isso realmente me irritou”, esclareceu o atacante do Bahia.
Marcelo Heleno soube inicialmente do conteúdo da entrevista através de sua mulher e não gostou, considerando-a intempestiva e com a finalidade de provocá-lo às vésperas do clássico. Mostrando aparente tranqüilidade, o beque disse que não vai entrar no “ôba-ôba” do adversário e espera dar a resposta em campo com o triunfo.
“Nonato sempre fala muita besteira e desta vez é para tentar desestabilizar o nosso ambiente. Ele não conseguirá, porque o grupo está fechado e com o pensamento voltado para ganhar o jogo. Não dependo dele para nada. Se ele não quer a minha amizade, pouco me importa. Preciso da amizade e do carinho da minha família, que é mais significativo”.
Dizendo-se surpreso com o procedimento do centroavante tricolor, Heleno comentou que em campo as discussões e provocações sempre vão existir, mas que ele procura sempre respeitar o companheiro de profissão.
“O jogador tem que honrar a camisa que veste e é isso que continuarei a fazer pelo Vitória-BA. Quando acaba o jogo, a amizade deve ser preservada. O que aconteceu entre nós já fez um ano e agora ele vem com essa provocação com o intuito de intimidar e isso ele não vai conseguir. Ficar calado é melhor para não acirrar o clássico. Já estou acostumado a marcar grandes atacantes e não vou mudar a minha maneira de jogar”, afirmou.
Correio da Bahia (Adaptado)
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