Parceria com Cruzeiro contribuiu para acerto de NM

Apesar de assumir a diretoria de futebol do Bahia, Newton Mota continua acionista do Real Salvador e declarou que o trabalho no clube fundado por vinte empresários em outubro de 2002 vai continuar. Chegou até a levantar a hipótese de uma futura parceria entre as equipes. “Pode ser que mais para frente os dois firmem um convênio. O Real tem mais de cem atletas no Cruzeiro, que também é parceiro do Bahia”, ressaltou. Perguntado se o acordo com a Raposa teria influenciado em sua contratação, Mota foi sutil: “Eu diria que isso incentivou. O Cruzeiro viu o fato com muita satisfação”.

Na foto, Mota celebra convênio entre Real Salvador e Cruzeiro, em 2003, num restaurante soteropolitano

Mesmo com cargo remunerado, ele preferiu diminuir o aspecto financeiro para ressaltar seu projeto para o Esquadrão. “O Bahia tem uma estrutura muito boa, mas o time precisa voltar a vencer. O dinheiro foi o que menos pesou nessa decisão. Venho para realizar um trabalho no futebol tricolor”, explicou.

Retornando após quase 15 anos, afirmou que o “eterno” corroborou para a sua vinda: “Uma coisa pesou muito na minha volta ao Bahia. Maracajá conversou comigo e disse que as desavenças estavam muito abaixo da grandeza que tem o Bahia. E a recíproca é verdadeira. Estou aqui para desenvolver um trabalho e reconduzir o futebol do Bahia ao caminho das vitórias”.

SEM CORTES
Aproveitando a especulação de que poderia haver demissões no clube, Newton Mota elogiou os funcionários remanescentes da equipe técnica anterior. Citou nominalmente o trabalho do auxiliar Carlos Amadeu, do preparador de goleiros Ricardo Palmeiras e do preparador físico Jorge Lago, além da qualidade do departamento médico e demais membros do setor. “O problema não está aí. São excelentes profissionais. O Bahia não chegou onde chegou por causa deles. O que eu quero é agregar, não dissolver”, garantiu.

Correio da Bahia (Adaptado)